O motorista Isrrael Silva Schwarz afirmou em depoimento à Polícia Civil que a motociclista de 21 anos, Maria Clara Mendes, estava no “ponto cego” do seu veículo. A jovem morreu na batida que ocorreu em uma rotatória na terça-feira (9), em Cuiabá.
Israel foi encaminhado para a delegacia logo após o acidente. Após prestar depoimento, ele foi liberado. Ele alegou que não teria visto a jovem e que o veículo dela estava no “ponto cego” do caminhão.
Os pontos cegos são áreas fora do alcance da visibilidade do motorista, pois os espelhos não conseguem captar determinadas áreas ao redor do veículo.
Durante as ultrapassagens e conversões o motorista pode ter dificuldades para perceber se há outro veículo ou pedestre nesse ponto, podendo causar acidentes graves.
Em conversa com o advogado Gustavo Almeida, foi relatado que o motorista e a família dele estão “extremamente abalados” com o acidente. Por meio de nota, a defesa do condutor esclareceu que Isrrael está à disposição das autoridades policiais e que lamenta a morte da jovem.
“Sem adentrar ao mérito da questão, o condutor esclarece que está à disposição das autoridades policiais e demais órgãos competentes para prestar as informações necessárias para melhor elucidação dos fatos, conforme vem fazendo desde o lastimoso ocorrido. Por fim, o Sr, Israel reafirma seus mais profundos sentimentos, e roga para que Deus possa confortar o coração de todos aqueles que sofrem com a trágica e precoce partida de Maria Clara”, diz trecho da nota.
Entenda o acidente
A mulher estava em uma motocicleta quando houve a batida com o caminhão na rotatória que dá acesso ao bairro Coophamill, na avenida Miguel Sutil.
Câmera de circuito de segurança registrou o momento do acidente. Maria teve o corpo arrastado no asfalto e morreu ainda no local. A motocicleta foi encontrada a alguns metros de distância do corpo dela.
A reportagem apurou que a vítima era recém-habilitada, com a carteira de motorista retirada no ano passado.