O vereador disse que estudar a Bíblia “não envolve religião” e criticou ‘Pequeno Príncipe’ por ser “complicado e não acrescentar nada”

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Foto: Jessé Soares
ALMT TRANSPARENCIA

O vereador por Cuiabá, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), saiu em defesa de seu projeto de lei que institui o estudo da Bíblia nas escolas públicas e particulares. Ele ressaltou que a ideia não é exigir que todos os alunos participem do estudo, mas apenas para aqueles que tiverem “interesse” pelo estudo.

“É uma polêmica desnecessária, o projeto não fala em obrigatoriedade, é de caráter opcional, se o aluno quiser participar, ele participa, se ele não quiser sair da sala de aula”, ressaltou em entrevista à imprensa nesta terça-feira (16).

O assunto ganhou polêmica na última semana, após o parlamentar anunciar sua proposta nas redes sociais, por ferir o estado laico garantido na Constituição. Ele comentou que a Bíblia é um livro milenar e enriquece as crianças e adultos com aprendizados.

Rodrigo ainda criticou a polêmica gerado sobre o assunto, alegando que muitas crianças e adolescentes são obrigados a lerem livros de filosofia e outras literaturas, como o clássico mundial, O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, e questionou o porquê a Bíblia também não pode ser inserido nesse contexto.

“Não estamos envolvendo religião, estamos tratando de um livro milenar e educacional. O projeto não é inconstitucional porque não está obrigando ninguém a fazer essa leitura e também não vai constar na grade curricular do aluno. É do mesmo jeito que você tem ali o livro de história, o livro de filosofia, até hoje viu o repórter dizer sobre o Pequeno Príncipe, que é um livro muito mais complicado, e que não vai acrescentar nada na vida do estudante”, destacou.

“É um livro religioso para quem quer ter caráter religioso. Se você for um sábio pensador ou sábio da leitura vai olhar a Bíblia de várias maneiras. Então, depende de qual maneira você quer olhar para a Bíblia. Tudo que você vai tirar de lição para sua casa, para sua família pode tirar a lição que você quiser e bem entender. A Bíblia hoje fala sobre geografia, sobre filosofia, sobre sociologia, sobre história, sobre tantas outras coisas, não estamos falando de religião”, enfatizou.

Fonte: Informações/ Olhardireto