A Polícia Federal e a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) cumprem, na manhã desta sexta-feira (05), 21 ordens judiciais de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso e outros três Estados. O objetivo é desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes conexos, liderada por um conhecido presidiário da Penitenciária Central do Estado (PCE/MT).
Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá e são cumpridos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco.
No decorrer das investigações, ficou demonstrado que os alvos atuavam no tráfico de drogas em diversos municípios de Mato Grosso, dentre eles Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum. Nestas cidades, qualquer traficante que pretendesse comercializar entorpecentes deveria ser previamente autorizado pelos líderes, sendo obrigado a adquirir a droga diretamente do grupo.
O grupo era responsável pela carga de cerca de 500kg (quinhentos quilogramas) de maconha, apreendida em 26/07/2019, em Rondonópolis/MT. Na oportunidade, apenas duas adolescentes haviam sido apreendidas quando mantinham a droga em depósito a mando dos líderes da organização investigada.
Por meio de autorização judicial, foram constatadas volumosas movimentações em dinheiro em nome de vários investigados. O somatório dos valores que circulou nas contas no período de 2018 a 2020 superou R$18 milhões.
Nenhum dos investigados possui rendimentos lícitos conhecidos que possam justificar os altos valores movimentados, sendo que alguns deles, inclusive, recebiam benefício assistencial do governo.
A operação foi batizada de “Parasita” em razão das características da organização criminosa e seu principal líder, que, claramente, se utilizava dos demais integrantes e até mesmo da estrutura de outra organização criminosa local em suas empreitadas criminosas, sempre visando aferir lucros, isoladamente.
Fonte: Olhar Direto – Wesley Santiago