Ainda com dificuldade de falar sobre a morte do sobrinho, Luiza Miyagawa, explicou que decidiu ir ao ato para não agir com “omissão diante da verdade”. Ela ainda pediu para que sentimentos de ódio e vingança não sejam alimentados.
“Pedimos nenhuma energia de raiva, de ódio, de vingança, porque quem vive os ensinos de Jesus… não cabe isso no nosso coração. Apenas senti que, se a gente não viesse, seria uma omissão diante da verdade, por isso resolvemos comparecer”.
A mulher afirmou que as pessoas que conviveram com Japão conheciam ele verdadeiramente. Em uma das versões, Paccola disse que atirou para evitar que o agente socioeducativo disparasse contra a namorada, a bacharel em Direito Janaína Sá.
Ele alega que abordou Miyagawa e solicitou que largasse a arma, ordem que não teria sido obedecida. Já a namorada do agente, em versão publicada nas redes sociais, afirmou que o Paccola já chegou atirando, sem chances para Alexandre.
“Essas falas falando mal dele não nos afetou nem um pouco, porque quem conhece o Alexandre sabe quem foi ele. Ele viveu conosco 41 anos e nós conhecemos ele muito bem. Então essas falações, essas brigas, essas falas todas que foram faladas não nos afetaram nem um pouco”.
Filmagens de câmeras de segurança registraram o momento que Paccola atirou em Japão. Em uma das imagens, o ângulo mostra o momento em que Miyagawa conversa com a namorada e saca a arma.
Ela sai andando na frente e Paccola surge na gravação e começa os disparos. Os tiros são efetuados quando o agente estava de frente para a mulher e de costas para o parlamentar.