Paccola afirma que Edna faz uso político da morte de agente socioeducativo para se promover eleitoralmente

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O vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) reclamou do uso político do assassinato que cometeu na sexta-feira (1º), no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. O parlamentar é alvo de pedido de afastamento e cassação, apresentado pela vereadora Edna Sampaio (PT), que apontou quebra de decoro do militar.

Na noite de sexta, Paccola matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, com três tiros, na avenida Arthur Bernardes, na região do Choppão.

“Sempre fui muito respeitoso aqui dentro da casa. Esperava que não fosse utilizado dessa situação, uma tragédia, para questão de cunho político. Mas ela tem liberdade, o mandato é dela”, disse Paccola, relembrando que Edna já avia pedido sua cassação em outra oportunidade, quando disse que tinha armas e munição suficientes para enfrentar ‘500 petistas’”.

No pedido protocolado na Mesa Diretora, Edna afirmou que apesar de o assassinato não ter relação com o mandato parlamentar, a conduta de Paccola extrapolou qualquer limite suportável do mínimo de decoro exigível do agente político no exercício de seu mandato. Além disso, nas redes sociais e em entrevistas, a petista afirmou que a morte do agente socioeducativo é um sintoma social, motivado pelo bolsonarismo e a defesa do armamento.

Paccola, por sua vez, rebateu tais argumentos. “Não é uma questão de direita e esquerda, Lula ou Bolsonaro, ou qualquer coisa do gênero. Foi uma situação que não atuei como vereador, mas como policial. Respeito a decisão dela e a Comissão de Ética vai fazer sua análise, não tenho preocupação, estou pronto para responder tanto judicialmente quando internamente aqui na Câmara”.

O pedido de afastamento e cassação foi apresentado logo após reunião do Colégio de Líderes, em que Paccola deu esclarecimentos sobre a morte aos demais parlamentares. O presidente da Casa, vereador Juca do Guaraná (MDB), determinou que a Comissão de Ética, presidida por Lilo Pinheiro (PTB), apure a situação, requerendo até mesmo cópia das provas levantadas pela Polícia Civil.

Novas imagens de câmeras de segurança divulgadas no início da tarde desta segunda-feira (04) mostram o momento em que Miyagawa conversa com a namorada, a bacharel em Direito Janaina Sá, e saca a arma.
Ela sai andando na frene e Paccola surge na gravação e começa os disparos. Os tiros são efetuados quando o agente estava de frente para a mulher e de costas para o parlamentar.

Até o momento, duas versões divergiam sobre o caso. Paccola diz que agiu para evitar que o agente, popularmente conhecido como “Japão”, atirasse na namorada. Ele alega que abordou Miyagawa e solicitou que largasse a arma, ordem que não teria sido obedecida.

Já a namorada do agente, em versão publicada nas redes sociais, afirma que o Paccola já chegou atirando, sem chances para Alexandre. Ela também alegou que Miyagawa não havia sacado a arma.

FONTE:OLHAR DIRETO

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