Bandido diz que foi cobrar dívida e não sabia que comparsa mataria lojista

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RepórterMT
CAMARA VG

O bandido Bruno Fernandes de Souza Costa, 22 anos, acusado de participar da execução do lojista Joseonaldo Ferreira de Araújo, 44 anos, na noite do último dia 19, dentro do Shopping Popular de Cuiabá, negou a intenção de matar a vítima e disse ter ido ao local apenas para cobrar uma dívida.

Joseonaldo foi morto com cinco tiros na cabeça. Um vídeo flagrou a ação de Bruno Fernandes e de seu comparsa, Wenderson Santos Souza, 24 anos, que atirou no lojista. Wenderson foi morto em confronto com a Polícia Militar, minutos após o crime.

 

 

 

Em depoimento, Bruno Fernandes afirmou que foi até o local com Wenderson apenas para cobrar uma dívida de Joseonaldo e que não sabia que seu comparsa iria executar o lojista.

 

 

A declaração, no entanto, é descartada pelo delegado Marcel Gomes de Oliveira, responsável pela investigação. Para ele, os criminosos foram até o Shopping Popular na intenção de assassinar o homem.

“Tais afirmações são absurdas. Tese esta, que não prospera de forma alguma após a análise de todos os elementos juntados de forma robusta no presente caderno investigativo. Diga-se, ambos indiciados, de forma cabalada, demonstram a unidade de desígnios em busca da obra comum, qual seja: A EXECUÇÃO DA VÍTIMA”, diz o delegado no inquérito policial enviado à Justiça.

Para o delegado, as imagens do circuito interno de segurança do Shopping Popular não deixam dúvidas da motivação. “Motivo pelo qual o indiciado Bruno Fernandes retira a atenção da vítima para que seu comparsa Wenderson Santos Souza desfira tranquilamente disparos de arma de fogo contra a vítima, sem qualquer chance de defesa para esta”, cita Marcel.

Bruno Fernandes ainda alegou que foi até o local armado para “sua defesa”. “É hilariante e cômica, vez que o indiciado é faccionado, de alta periculosidade e estava na companhia de outro faccionado do estado da Bahia”, escreve o delegado no inquérito.

Ainda segundo as investigações, Bruno e Wenderson não conheciam o lojista, já que as imagens das câmeras do local flagraram a dupla falando com um terceiro, no celular, em busca de informações para confirmar quem era o alvo.

“Os indiciados adentram no Shopping Popular, e ali, demonstram não conhecer a vítima. Por tal motivo, é perceptível através da análise das imagens, que os indiciados estão a todo momento teclando com algum terceiro em busca de informações sobre a vítima. Em determinado momento Wenderson se aproxima de Bruno e aponta para a pessoa da vítima, e gesticula, apontado o dedo indicador para a vítima e sinalizando para a pessoa de Bruno o alvo”, diz trecho.

As investigações ainda buscam encontrar quem seria o mandante do crime.

A execução

Joseonaldo Ferreira de Ajaúro, 44 anos, foi executado com um tiro na cabeça no início da noite de segunda-feira. Wenderson e Bruno entraram no Shopping Popular se passando por clientes e foram até o box da vítima.

Lá, conversaram com o homem, até que Wenderson o surpreendeu com tiros na cabeça.

Após isso, os dois saíram correndo para fora do estabelecimento. Quando chegaram próximo ao Ginário Dom Aquino, se depararam com uma equipe da Cavalaria que passava pelo local, fazendo patrulhamento.

Houve troca de tiros e Wenderson acabou atingido. O criminoso ainda tentou escapar, chegou a pegar uma criança para tentar fazê-la refém, mas morreu no local.

FONTE:REPÒRTER MT

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