‘Era do Maranhão, mas amava Sinop e sempre pediu para ser enterrado lá’, lamenta prima de dono de bar morto em chacina

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Com 17 anos, Maciel Bruno de Andrade se mudou do Maranhão para Sinop (513 km de Cuiabá) em busca de melhores condições de vida. Antes de abrir o próprio bar de sinuca, o “Bruno Snooker Bar”, palco da chacina que terminou com sete pessoas mortas, incluindo Maciel, ele trabalhou em um frigorífico da cidade para juntar dinheiro e abrir o próprio negócio. rima de Maciel, que foi assassinado aos 35 anos na terça-feira (21), Fabiana Sousa, conta ao Olhar Direto que o empresário se apaixonou por Sinop, onde se casou e teve dois filhos.

No momento, ele estava separado da ex-esposa, que continua sendo próxima da família. Fabiana lembra que o “irmão”, como se refere a Maciel, chegou a afirmar em mais de uma ocasião que gostaria de ser enterrado na cidade do Norte de Mato Grosso.

“Ele adorava Sinop, porque foi lá que ele construiu a família e tudo que ele tinha. Sempre deixou claro que queria ser enterrado lá. A sinuca era seu trabalho, nunca houve confusão. Trabalhou muito tempo em um frigorífico e, de lá, ele conseguiu construir o bar dele. Era rodeado de amizades, todos o conheciam”.

Maciel tinha o bar há aproximadamente 10 anos e, com a renda, ajudava a mãe e o irmão, que é cadeirante, conta Fabiana. A prima lamenta que o empresário não conseguirá realizar o sonho de construir a nova casa na cidade.

“Lembro dele me contando dos planos de construir a casa nova dele. Ele era como um irmão mais velho para mim, sempre me aconselhava. Contávamos segredos um para o outro. Até agora não acredito que tiraram ele de nós”.

Atualmente, Fabiana está morando no Rio Grande do Sul por motivos de trabalho. Impossibilitada de participar do enterro de Maciel, ela lamenta não poder “se despedir” do primo. Horas antes da chacina no bar, Maciel esteve com os filhos.

“Está sendo muito difícil, não consegui me despedir dele. Tiraram a vida dele, tão cruel. Ele era um pai maravilhoso, nunca deixou faltar carinho, nada. Inclusive esteve a manhã toda com os filhos e a tarde isso aconteceu. As crianças eram muito apegadas”.

O massacre cometido por Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morto após entrar em confronto com policiais do Bope na tarde dessa quarta-feira (22), e Edgar Ricardo de Oliveira, preso na manhã desta quinta-feira (23), foi registrado pelas câmeras de segurança do bar de Maciel.

As imagens são fortes e mostram Ezequias rendendo as sete vítimas, que foram obrigadas a ficar perto de uma parede do estabelecimento, onde foram executadas com tiros de espingarda por Edgar. Fabiana afirma que não conseguiu ver os vídeos do crime.

“Não cheguei a ver, não consegui, pelo que me falaram é muito forte. Ele era como um irmão mais velho para mim. Rodeado de amizades, todos o conheciam”.

FONTE:REPÒRTER MT.

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