A Procuradoria Geral da República requereu informações de 100 mato-grossenses às redes sociais, pela suspeita de participação nos atos de 8 janeiro em Brasília, que culminaram na depredação parcial dos prédios do Congresso Nacional, Presidência da República e Supremo Tribunal Federal (STF).
Um pedido assinado no dia 17 deste mês pelo subprocurador geral da República, Carlos Frederico Santos, solicita às empresas provedoras (Facebook, Twitter, Instagram e TikTok) informações de 244 pessoas já denunciadas por participação nos atos de 8 de janeiro. A PGR quer saber se elas são ou deixaram de ser seguidoras do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Destes, 100 perfis são de mato-grossenses.
O pedido foi protocolado no inquérito 4.921, em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a condução do ministro Alexandre de Moraes.
As empresas deverão informar se os perfis identificados repostaram conteúdos divulgados por Bolsonaro, relacionados a fraudes em eleição, urnas eletrônicas e ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Suprema Corte bem como pedidos de intervenção militar.
De acordo com a PGR, a ideia não é investigar os seguidores, mas mapear o alcance de postagens de Bolsonaro com informações falsas sobre as eleições e as urnas eletrônicas.
“Essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais”, escreveu o Ministério Público em nota.
FONTE:REPÒRTER MT.