Flamengo perde para o São Paulo no jogo de ida da Copa do Brasil

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Reprodução/NetFla
CAMARA VG

A Nação estava disposta a uma trégua. A apoiar os 90 minutos e deixar que os jogadores do Flamengo demonstrassem em campo que ainda sabiam o que significava vestir aquela camisa. Em meio a uma temporada repleta de frustrações, a final da Copa do Brasil diante do São Paulo tratava-se do último voto de confiança no Maracanã. Com a maior renda do futebol brasileiro, R$ 26 milhões, os mais de 60 mil representantes dos mais de 40 milhões de torcedores puderam testemunhar que a mística rubro-negra não joga sozinha, e cair na real. A derrota por 1 a 0 teve cheirinho de ano arruinado. Apesar do gol de Caleri ainda alimentar esperanças para uma volta por cima domingo no Morumbi, a atuação das principais estrelas do Flamengo, como Gerson, Gabi e Pedro, foram abaixo da crítica. O camisa 10 ainda saiu lesionado e vaiado, assim como toda a diretoria e o técnico Jorge Sampaoli.

Eliminado precocemente no Mundial de Clubes, derrotado na Recopa em casa, vice do Carioca após abrir 2 a 0 no primeiro jogo da final, fracasso na Supercopa levando quatro gols e adeus à Libertadores nas oitavas de final. Mesmo com tal cenário em 2023 houve mobilização total para fazer uma festa inesquecível, com direito a fumaça rubro-negra, balões, bandeirolas e bandeirões em referêmcia aos ídolos e títulos históricos. A superação era a esperança da torcida do Flamengo, apesar do trabalho ruim desempenhado pelo treinador, que deixou seu mais alto grau de ousadia justamente para a decisão, e corre risco de nem chegar no jogo da volta.

Nos primeiros minutos, o Flamengo se armou com Gabi na direita, Pedro por dentro e Bruno Henrique aberto na esquerda, mas logo faltou conexão por dentro. Victor Hugo ocupava a faixa direita, Gerson centralizado e Pulgar um pouco mais recuado. Houve equilíbrio na posse de bola e tentativa de escapadas dos dois lados.

A primeira com algum perigo foi do São Paulo, aos 16, que Caleri parou em Matheus Cunha. Sem conexão entre seus setores, o Flamengo passou a errar passes desde a defesa e ficar nervoso, contagiando a torcida. Na primeira vez que Gaboi e Pedro tabelaram, houve um prenúncio de perigo dentro da área, que a defesa cortou. A melhor oportunidade rubro-negra veio aos 35, em boa arrancada de Gerson, que serviu Bruno Henrique na área. O atacante entrou livre, mas cruzou errado e não achou Gabigol.

O sistema de jogo não só tornava escassas as chances, como deixava o time vulnerável, sobretudo pelo lado direito. Nas saídas de bola, com o goleiro ou os zagueiros, ninguém se apresentava, e havia um buraco no meio entre os setores. Gerson tentava, mas lhe faltou físico para ir de área à área. Era aí que o São Paulo roubava a bola. E construía as jogadas nas costas de Wesley, principalmente. Os visitantes pareciam jogar em casa. Bruno Henrique, Gabi e Pedro assistiam ao jogo do campo de ataque com o Flamengo tomando sufoco. Parecia questão de tempo para a defesa entregar. E foi o que aconteceu aos 46 minutos, no gol de Caleri em bola alçada justamente pelo lado esquerdo do ataque. Do outro lado, o Flamengo teve zero finalização. Vaias para o time no intervalo e protestos contra a diretoria no camarote do estádio.

Na volta para o segundo tempo, Sampaoli fez o básico. Tirou Victor Hugo e lançou Everton Ribeiro. O time conservou mais a posse de bola, mas se restringiu a virar o jogo até achar um cruzamento. Em um deles até levou perigo com Pedro, mas tanto ele como Gabigol não conseguiam finalizar com clareza. O São Paulo tentou amortecer o abafa do Flamengo para sair no contragolpe. Também não teve energia para ampliar, mas ela bastou para segurar um adversário desorganizado, que insistiu em jogadas aleatórias até o fim.

Portal: Globo.com

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