A Delegacia Especializada do Consumidor (Decon) investiga um auxiliar de protético, que realizava procedimentos da profissão de dentista na Capital. A investigação é oriunda de denúncia do Conselho Regional de Odontologia (CRO) feita na Polícia Civil, sobre clareamentos e próteses dentárias em geral, realizados pelo protético Y.T.S.W., 28 anos.
O protético foi identificado e interrogado na tarde desta quinta-feira (26), na sede da Decon, em Cuiabá. Ele responderá por exercício ilegal da profissional, previsto no artigo 282 do Código Penal Brasileiro.
Conforme o delegado, Antônio Carlos de Araújo, em interrogatório, o suspeito confessou que também não tem diploma de protético e que aprendeu a fazer prótese com uma irmã que é dentista em Tangará da Serra.
Ele assumiu saber que não podia exercer a atividade. Porém, estava passando por dificuldades financeiras e começou a receber muitos pedidos de atendimentos, além de ficar feliz em resolver o problema das pessoas que o procuravam. Seu faturamento mensal com os atendimentos girava entre R$ 1,5 a 2 mil.
Os serviços eram oferecidos em redes sociais e sites de compra e venda na internet, e os atendimentos feitos no domicílio do cliente. Tanto os procedimentos ofertados quanto os atendimentos em casa são proibidos aos técnicos em próteses dentárias, assim como realizar procedimentos na boca do paciente, atividade somente permitida ao dentista, formado em odontologia.
O CRO também proíbe anúncios e propagandas dirigidas ao público geral com ofertas de serviços aos técnicos em prótese dentária, técnicos em saúde bucal, auxiliares em próteses dentárias, bem como aos laboratórios de prótese dentária.