Taques não garante R$ 33 mi a filantrópicos; hospitais seguem sem atender novos pacientes na UTI

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CAMARA VG

A discussão entre os diretores dos hospitais filantrópicos e o governo segue sem uma definição. As entidades alegam que firmaram um acordo com o governador Pedro Taques (PSDB) de destinar R$ 33 milhões às seis unidades de saúde, porém o mesmo valor não foi confirmado pelo gestor.


Na última semana, os hospitais anunciaram a suspensão de atendimento a novos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por falta de repasses. Na tarde de segunda-feira (22), os diretores dos filantrópicos também disseram ter se reunido com Taques em novembro do ano passado e que o governador se comprometeu em um ‘acordo de cavalheiros’ a pagar R$ 33 milhões aos hospitais.

Questionado sobre o compromisso na manhã desta terça-feira (23), Taques declarou que do total de R$ 100 milhões das emendas da bancada federal, R$ 33 milhões será destinado para pagar dívidas de 2016 para trás e que R$ 67 milhões será para saudar compromissos com hospitais, não confirmando o valor que será pago aos filantrópicos.

“Quando R$ 100 milhões aportarem nos cofres de Mato Grosso, R$ 33 milhões será para pagar dívidas de 2016 para trás, atenção básica e primária. Com os R$ 67 milhões restante vamos saudar compromissos com os hospitais. A questão dos filantrópicos vamos trabalhar pra que recebam a sua necessidade”, afirmou.

Taques também destacou que nenhuma outra gestão repassou tanto dinheiro aos filantrópicos quanto a dele. “Nunca nenhum governo estadual entendeu por bem ajudar os filantrópicos e o nosso governo já repassou para os filantrópicos R$ 22 milhões em três anos. Nunca ninguém fez isso.

Os hospitais Santa Casa de Misericórdia, Santa Helena, Hospital Geral, em Cuiabá São Luís em Cáceres, Santa Casa de Rondonópolis e Hospital Santo Antônio de Sinop atendem hoje cerca de 80% da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e somam cerca de 4 mil internações por mês, sendo que 750 leitos estão disponibilizados ao SUS.

Para a presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso (Fehosmt), Elizabeth Meurer, o estado, o município e o Governo Federal tem o dever por lei de arcar com os custos da saúde.

A saúde é dever do Estado, do município e do Governo Federal, então quando o estado fala que está passando dinheiro voluntariamente, isto não é real, por que a portaria diz que é dever do estado. Não há repasse voluntário e sim obrigatório por lei”, explicou.

Olhar Direto.

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