Empresa acusada de pagar propina a adjunto recebeu mais de R$ 3 milhões em 2020

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Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

Depoimento prestado por um policial que atuou na prisão do secretário adjunto Sistêmico da Casa Civil, Wanderson de Jesus Nogueira, revela que uma denúncia anônima apontou pagamento de propina supostamente realizado por pessoa identificada como Thiago Ronchi Adrien Eugênio, responsável pela empresa TMF Construções e Serviços, que já recebeu, somente em 2020, valor superior a R$ 3,4 milhões.

Ciente do pagamento marcado para ocorrer na noite de 24 de setembro, na Casa Civil, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) montou uma operação de acompanhamento.

Wanderson foi flagrado entrando com uma mochila preta em seu carro. Após deixar o órgão, acabou detido na Avenida do CPA, próximo ao Supermercado Comper. A mochila transportava R$ 20 mil em notas de R$ 50 e R$ 100.

Durante a abordagem, Wanderson tentou se explicar, afirmando que o valor entregue por Thiago Ronchi era referente à venda de uma empresa de gelo. Houve a checagem do quadro societário da empresa, constatando que o secretário não faz parte do grupo.

Após a abordagem, o Gaeco  entrou em contato, por telefone, com Thiago Ronchi. O suspeito inicialmente desligou a ligação, mas retornou minutos depois afirmando que não conhecia a pessoa de Wanderson de Jesus Nogueira.

Segundo informações disponibilizadas pela ferramenta Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças de Mato Grosso (Fiplan), a empresa TMF recebeu somente em 2020 valor superior a R$ 3,4 milhões. Mais valores ainda não foram liquidados pelo Governo de MT. O próprio Wanderson assinou no mês de julho um termo de homologação no valor de R$ 1 milhão para contratar a empresa TMF.

No dia 23 de setembro houve pagamento no valor de R$ 123 mil empenhado pelo Estado de Mato Grosso em favor da TMF.

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