O atolamento de um veículo de carga causou uma fila com mais de 200 caminhões parados em um trecho de terra da rodovia MT-322. Segundo agricultores do Estado ao Canal Rural, a estrada sempre apresenta problemas de atoleiros há mais de 40 anos, o que prejudica deslocamentos e escoamento da produção local. O caso aconteceu na última sexta-feira (12).
Em outro vídeo, é possível ver que um maquinário foi utilizado para remover o caminhão atolado. A máquina, inclusive, teria sido locada pela Apel, associação que foi criada no distrito do município de São Félix do Araguaia (a 1002 km de Cuiabá), em 2020, com o objetivo de arrecadar fundos para recuperar as rodovias da região.
Procurada pela Olhar Direto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística informou que a MT-322 não pode ser asfaltada sem autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) por se tratar de uma área indígena.
Confira na íntegra da nota da Secretaria.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) informa que as incessantes chuvas que atingiram a região de São José do Xingu prejudicaram a trafegabilidade pela rodovia não-pavimentada MT-322. Em razão disso, uma equipe de manutenção desta secretaria já está atuando na rodovia, a fim de melhorar a situação da malha e restabelecer o tráfego na região.
A MT-322 corta uma área de reserva indígena e, por isso, não pode ser pavimentada sem anuência de órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai). Desse modo, a Sinfra segue atuando dentro de sua competência. Inclusive, já está com processo licitatório em andamento para a pavimentação de 68,96 quilômetros da MT-109, no trecho que vai do entroncamento da MT-322, em São Felix do Araguaia, até o entroncamento da MT-412, em Canabrava do Norte.
Essa obra vai interligar o Distrito do Espigão do Leste até a cidade vizinha de Canabrava do Norte e a BR-158, tornando-se uma rota alternativa à MT-322.
Fonte: Olhar Direto – José Lucas Salvani