O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, afirmou que o Governo de Mato Grosso, diferente de outros estados, administrou bem o dinheiro da saúde, sem corrupção, e que por isso não faltam recursos para abrir UTIs. Segundo ele, no entanto, o problema agora são as condições materiais, como profissionais e kit intubação.
“As UTIs temos recursos que nos garantem segurar por mais tempo. Agora, o SUS é tripartite. O Estado, quando coloca [dinheiro] em UTIs, deixa de aplicar em outras áreas. Então o que precisamos nesse momento é que o Ministério da Saúde volte a habilitar os leitos de UTI e os repasses federais comecem também a alimentar, porque os recursos que vieram para Covid, em torno de 300 milhões, já foram gastos pelo governo do Estado sem um ato de corrupção sequer, o que nos distingue em efetividade em relação a outros estados e também em relação a boa aplicação dos recursos”, declarou o secretário.
Gallo contou que Mato Groso saiu de 120 leitos exclusivos para Covid-19 para 525. Com isso, alcançou a marca de maior relação proporcional do Brasil de leitos a cada cem mil habitantes. “Nós abrimos efetivamente leitos de UTI. Agora, a doença, e o vírus, nessa variante tem uma capacidade de transmitir e de agravar a situação da pessoa que infelizmente nosso sistema de saúde, mesmo os sistemas privados de saúde não suportam, inclusive vocês observam que em outros países do mundo também estão tomando as mesmas medidas”, afirmou.
O secretário ainda afirmou que não é necessário tirar dinheiro de outras áreas para investir na saúde. “Nós temos recursos para cada área. Não há falta de recursos para saúde. Não precisa tirar dinheiro do Mais MT para colocar na saúde. Nós temos recursos para aplicar na saúde. O que falta hoje é condições materiais. Pergunta para um prefeito que quer abrir UTI se ele vai conseguir equipe médica, vê se ele consegue um kit intubação. O problema hoje não é mais abrir leitos de UTI. Dinheiro para isso nós temos. Faltam condições materiais para que isso ocorra”, finalizou.
Fonte: Olhar Direto – Isabela Mercuri / Da reportagem local – Max Aguiar