No Pantanal produtores rurais denunciam omissão da Energisa que estaria causando incêndios

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Reprodução
CAMARA VG

Produtores rurais resolveram procurar uma delegacia para denunciar a concessionária Energisa por causa de incêndios registrados na rodovia Transpantaneira, em Poconé (100 km de Cuiabá). No local, que fica no Km 100, na estrada de acesso a Fazenda Santa Izabel, um fio de alta tensão se rompeu e causou o fogo, que foi controlado por moradores no domingo (3). Este é o segundo boletim de ocorrência registrado por moradores devido ao mesmo problema em dois dias.

No documento boletim registrado por A.L.A.F.C, 58 anos, o produtor conta que uma árvore caiu sobre o fio de alta tensão, que se rompeu e, como a energia não foi interrompida, as chamas logo se iniciaram e ganharam força devido à vegetação seca, típica do período de estiagem.

Ele argumenta que a árvore estava dentro da faixa de domínio da Energisa, que não foi devidamente limpa pela concessionária. Segundo o produtor, não é a primeira vez que isso acontece e um dos pontos que mais revoltaram o morador, que publicou um vídeo nas redes sociais, é o fato do fio se manter energizado por horas.

A passagem da corrente foi interrompida pelos próprios moradores da região com equipamentos improvisados porque os focos eram recorrentes e as pessoas não podiam ficar fazendo plantão por tempo indeterminado no local para evitar a propagação das chamas, tendo em vista que não havia previsão dos técnicos chegarem.

Outro caso 

O outro caso registrado aconteceu no dia anterior, sábado (2), e foi denunciado pela produtora rural M.E.S, proprietária da Fazenda São João. Ela narra que um fio de eletricidade se rompeu, os técnicos da empresa viram, porém foram embora sem resolver o problema e ainda não cortaram a corrente elétrica, o que causou incêndios recorrentes no mesmo ponto, que foram contidos pelos moradores locais.

Segundo a proprietária da fazenda, não é a primeira vez que isso acontece no mesmo local e, em uma das ocorrências, uma vaca foi eletrocutada. A vítima conta que teme que mais animais sejam mortos e até mesmo uma pessoa, já que combate a incêndio é feito com o fio energizado porque a Energisa não corta o fornecimento imediatamente.

Esse segundo boletim foi caracterizado como omissão de socorro e crime contra o patrimônio. Junto com ambos os documentos citados nas matérias, os reclamantes anexaram fotos, imagens e os protocolos de atendimento.

Fonte: Olhar Direto

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