MP tentou estender privilégio e impedir busca e apreensão contra acusado de matar bancária

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Varlei Cordova/AGORAMT
CAMARA VG

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) tentou impedir que uma operação de busca e apreensão fosse realizada na casa de Antenor Alberto de Matos Salomão, acusado de matar a bancária Leidiane Souza Lima, de 34 anos, no último dia 27 de janeiro, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

A ação buscou estender ao homem o foro privilegiado de uma juíza, com quem Antenor é casado. No entendimento do MP, a operação poderia ferir o direito a foro especial que a magistrada possui, por morar na mesma casa que o acusado.

 

Contudo, a solicitação do Ministério Público foi negada pelo juiz João Filho de Almeida Portela, substituto da Quarta Vara Criminal de Rondonópolis. Ele entendeu que, como o alvo do processo é o marido e não a magistrada, ela não teria suas prerrogativas feridas. O processo corre em segredo de Justiça.

 

“Nesse caminhar, importa esclarecer que, no caso posto em apreciação, a douta Magistrada acima mencionada não consta como investigada, mas sim de suposta infração, em tese, perpetrada por seu cônjuge. Portanto, considerando que a Magistrada não é objeto de investigação, não ha razões para estender ao seu cônjuge a prerrogativa de foro, ainda que compartilhem do mesmo domicílio”, escreveu o juiz.

 

 

Segundo apurou o RepórterMT, não houve nenhum outro movimento por parte do Ministério Público para impedir a prisão de Antenor.

O crime

A bancária Leidiane Souza Lima, 34 anos, foi morta a tiros nas primeiras horas da manhã do dia 27 de janeiro, quando saía de casa para o trabalho, no bairro Parque São Jorge, em Rondonópolis. De acordo com a Polícia Civil, ela foi surpreendida por um bandido em uma moto sem placa, que atirou várias vezes. Ela morreu ainda no local e o criminoso fugiu.

Nessa segunda-feira (06), o empresário Antenor Alberto de Matos Salomão, 51 anos, foi preso acusado de executar o crime. Ele mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima e é pai da filha dela, que tem apenas 3 anos.

 

Em outubro do ano passado, Leidiane registrou um boletim de ocorrência contra o ex por ameaça, lesão corporal e difamação. De acordo com a denúncia, por volta das 17h10, do dia 23 de setembro ela foi até a residência de Antenor para buscar a filha, mas ele teria resistido em entregar a menina.

Na ocasião, ele teria empurrado o portão contra a bancária, pressionando-a contra a parede. Durante a confusão, ela conseguiu pegar a menina. Inconformado, o agressor ainda teria xingado a vítima. Além disso, ameaçou Lidiane dizendo que “a situação não iria ficar assim”.

FONTE:REPÒRTER MT .

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