A mãe de Rodrigo Claro questionou quantos outros morrerão para que alguém crie leis mais duras

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Jane claro, mãe do jovem Rodrigo Claro, que faleceu durante um treinamento aquático do Corpo de Bombeiros, questionou as autoridades sobre a morte de mais um soldado da corporação. Na terça-feira, o jovem Lucas Veloso Perez, de 27 anos, morreu após um suposto ataque cardíaco na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

De acordo com Jane, é necessário adequar as formas de treinamento que os estudantes que desejam se inscrever para a carreira de bombeiros. A autora também reitera a necessidade de punir os instrutores que impossibilitam a prática de tais situações.

A mulher questionou-se em uma entrevista ao Programa Tribuna, da rádio Vila Real.

Estou assistindo a tudo isso com um grande pesar, pois tudo é semelhante ao que vivi há sete anos. Tenho a impressão de que, no passado, as pessoas tinham a impressão de que não haveria resultados significativos. No entanto, não tive apreciei. Diante de tantas testemunhas, de tantas pessoas, não pude acreditar que isso fosse possível. “No entanto, no Corpo de Bombeiros, havia um grande corporativismo.”

De acordo com a Polícia Civil, Lucas, que era natural de Goiás e havia sido aprovado no concurso para a Secretaria de Estado de Segurança Pública em 2022, alegou que estava passando mal durante o treinamento e afundou repentinamente. Um capitão da corporação o socorreu e o conduziu a um barco de apoio, onde começaram as primeiras manobras de reanimação.

Em seguida, o indivíduo foi transferido para o Hospital H- Bento, localizado no bairro Dom Aquino, na capital. Os médicos tentaram reanimá-lo por mais de 20 minutos, mas não obtiveram êxito.

Após a revelação do caso, os alunos do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros se detiveram em um grupo no WhatsApp. Em uma das mensagens, um dos integrantes sugeriu que a vítima teria sido submetida a um “caldo”, ou seja, a uma “calda”. Outros estudantes referiram-se a uma parte da ação, mas só se pronunciarão sobre o caso na esfera judicial.

Além disso, os envolvidos esperam que os responsáveis paguem pelo que ocorreu e lamentem a morte do jovem. Além disso, é debatido o tema do esforço físico, que não seria o único fator que poderia explicar a morte. “Esforço físico, meu senhor, foi calmo. “Estou com ele (sic)”, diz uma das mensagens.

Jane se manifestou sobre a suposta denúncia. Para ela, os alunos não são submetidos a um treinamento, mas sim a uma verdadeira experiência de “esforço”.

“O treinamento tem como objetivo ensinar, e não matar”. É uma responsabilidade do Estado. É um criminoso que está realizando essa ação, matando de forma implacável. Não se tem piedade quando se enfia um jovem na água e o afunda, fazendo-o parecer que está fazendo um treinamento. “Chegue de tantas barbaridades”, disse.

Qual será o próximo curso que poderá resultar na morte de um jovem? Qual será a próxima família a ter que enterrar um filho que lutou por um ideal? Tenho apreensões sobre a situação da mãe de Lucas. Está em processo de sepultamento do filho que ela trouxe para Mato Grosso. A mãe entregou o filho sob os cuidados do estado de Mato Grosso para realizar um sonho em uma instituição sem responsabilidade. O estado é irresponsável quando rende o filho dessa mãe em um caixão, uma vez que não teve a capacidade de cuidar desse jovem. Colocou nas mãos de pessoas desqualificadas. Porque não tem qualificação. É inaceitável a afirmação de que possui formação profissional. “Se tivesse a oportunidade, não haveria a morte.

Caso de Rodrigo Claro

Há pouco mais de sete anos, um aluno do Corpo de Bombeiros também faleceu durante um treinamento da corporação na Lagoa Trevisan. Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, faleceu em 21 de novembro de 2015.

Ele teria sido dispensado no final do treinamento do corpo de bombeiros, devido a queixas de dores de cabeça e exaustão.

O Corpo de Bombeiros notificou que, ainda no Batalhão, o paciente apresentou queixas de dor e, posteriormente, foi conduzido à policlínica localizada em frente à instituição. O rapaz teve duas convulsões e foi levado para o Jardim Cuiabá, onde permaneceu em coma, mas faleceria.

A morte da tenente Izadora Ledur causou um processo na Justiça Militar. A militar foi condenada por maus-tratos contra Rodrigo Claro, mas a punição foi auferida.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto