Jovem atraído para emboscada por ex teve abdômen aberto com faca ainda vivo aponta Laudo

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CAMARA VG

Laudo da Politec apontou que Pedro Henrique Caetano dos Santos, de 20 anos, encontrado morto no rio Bugres, em Araputanga (a 337 km de Cuiabá), em 16 de abril, foi torturado e teve o abdômen aberto com faca quando ainda estava vivo. O documento foi entregue à delegacia da cidade, nessa terça-feira (14).

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou o assassinato de Pedro Henrique. Três adultos foram indiciados por tortura, homicídio qualificado cometido por meio cruel e mediante emboscada; associação criminosa majorada pela participação de menor de idade; ocultação de cadáver e corrupção de menor.

Três adolescentes, entre eles a ex-namorada da vítima, responderão a atos infracionais análogos. A menor está foragida e a suspeita é de que ela tenha atraído Pedro Henrique para a casa onde ele foi morto em Araputanga.

De acordo com o delegado que presidiu a investigação, Fabrício Henriques, a vítima foi cruelmente torturada antes de morrer, o que foi constatado nos exames periciais realizados que demonstraram 28 lesões no corpo de Pedro Henrique.

“A vítima sofreu esganadura, teve lesões nas costas, mãos e fratura do nariz, além de outras regiões do corpo. Além disso, teve o abdômen aberto e o corpo foi jogado no Rio Bugre pelos indiciados para tentar ocultar o crime”, explicou.

Os três adultos investigados pelo assassinato tiveram as prisões preventivas representadas à Justiça após a conclusão do inquérito. Eles estão presos em Araputanga.

Pedro Henrique teria sido torturado por um grupo ligado a uma facção criminoso. O atual namorado da ex dele está entre os envolvidos.

Jovem tentava contato com ex e despertou fúria de atual

De acordo com a investigação conduzida pela Delegacia de Araputanga, o crime teria sido motivado em razão de um possível triângulo amoroso. Pedro Henrique Caetano teve um relacionamento afetivo com a garota de 14 anos e se separaram após um tempo.

A adolescente, por sua vez, iniciou novo relacionamento com um integrante de uma associação criminosa. A vítima fazia contatos frequentes, via aplicativo de mensagens, com a ex-namorada, o que teria despertado a fúria do atual namorado.

Pedro Henrique estava morando em Cáceres. O delegado Fabrício explica que a adolescente  teria convencido a vítima a ir até Araputanga. Ao chegar à cidade, ele foi recebido pela jovem, que havia combinado o encontro em uma casa no centro da cidade.

Depois de entrar na residência, Pedro Henrique foi emboscado pelo atual namorado da garota, que estava com outras pessoas no local.

Na casa, ele teve mãos e pés amarrados e torturado durante um período, onde o grupo usou um cabo  elétrico para asfixiá-lo.

Depois, quando acreditaram que a vítima já estivesse morta, um dos indiciados chamou uma pessoa para levar o corpo. O grupo enrolou o corpo da vítima em um edredom e colocaram no porta-malas, seguindo para o Rio Bugre. Um dos criminosos filmou a ação na beira do rio.

Buscas e prisões 

Em 17 de maio, a Delegacia de Araputanga, com apoio das unidades da região, deflagrou a Operação Arapuca para cumprimento de mandados de buscas e prisões.

Durante a investigação, a Polícia Civil identificou o local onde teria ocorrido a tortura e execução de Pedro Henrique, uma casa no centro de Araputanga, assim como o carro que transportou o corpo, armas usadas no crime.

Foram apreendidos objetos pessoais e roupas da vítima, encontrados enterrados no fundo da casa onde Pedro foi emboscado.

O atual namorado da adolescente tinha sido preso anteriormente à operação Arapuca, em decorrência de outra investigação da Delegacia de Barra do Bugres por tentativa de homicídio naquela cidade, o que foi fundamental para esclarecer o crime cometido em Araputanga, quando então foi ouvido em interrogatório.

“A Polícia Civil é uma só e trabalha em conjunto com todas as unidades. Este foi um exemplo de como as informações são compartilhadas em prol do combate ao crime”, reforçou o delegado Fabrício.
 

Fonte: Olhar Direto 

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