Pedro Taques amplia diálogo com Jayme Campos, Fávaro e Nilson; Mendes não comparece

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ALMT TRANSPARENCIA

A camada de pavimentação com Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ) foi lançada no projeto de reeleição do governador José Pedro Taques (PSDB) durante reunião, neste sábado (3), com muita conversa, em feijoada na sua residência – condomínio Florais dos Lagos – região oeste de Cuiabá. Dos convidados ilustres, os mais esperados eram o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), o ex-governador Jayme Campos (DEM) e o ex-prefeito Mauro Mendes (sem partido), de Cuiabá. Apenas Mendes não compareceu.
 
Mesmo jurando por tudo quanto é sagrado que só vai pensar em candidatura à reeleição depois de comer canjica na Semana Santa,  Pedro Taques deu um passo gigantesco para alicerçar suas pretensões. É certo que a movimentação de Taques teve forte influência do governador Marconi Perillo, de Goiás, seu amigo e vice-presidente da Executiva Nacional do PSDB, com quem jantou neste sábado, em um evento social.

Ele conseguiu pôr fim à botaria de rompimento com os tucanos, fumou o cachimbo da paz com Nilson Leitão e praticamente zerou as arestas com o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB).
 
Os participantes vistos como essenciais, como Nilson Leitão e Carlos Fávaro, se mostraram acessíveis às argumentações de Taques. Contrariando a expectativa de PMDB, PP e PR, ele não bateu de frente com Fávaro, que teria buscado apoio dos oposicionistas para construir uma candidatura alternativa ao governo de Mato Grosso.
 

“Nós conversamos bastante sobre questões políticas e quanto à necessidade de ampliar os espaços de cada aliado. Mas nada definitivo, porque vem aí [em março e abril] a janela de abertura partidária e muita coisa pode acontecer”, argumentou Jayme Campos.
 
Por seu turno, o presidente do PSDB, ex-vereador Paulo Borges Júnior, classificou como “absolutamente natural que aliados se reúnam e conversem de política”. Ele confirmou que muitos “temas pendentes” foram abordados, mas crê que o essencial foi alcançado: o compromisso de unidade do grupo político pró de Taques.
 
Na verdade, Pedro Taques e Jayme Campos autorizaram Nilson Leitão a articular sua candidatura para a disputa ao Senado. Todavia, ele terá de ter humildade de recuar, se não conseguir.
 
No compromisso, Leitão e os tucanos de diferente plumagem se comprometem em enganar de corpo e alma no projeto de reeleição de Pedro Taques. E foram encerradas as divergências internas do PSDB, que provocaram até mesmo notícias sobre a saída de Pedro Taques.
 
Sob supervisão do goiano Marconi Perillo, a paz entre Taques e Leitão foi determinada pelo presidenciável Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB.  Também foi costurado entendimento de Pedro Taques com Carlos Fávaro, que teria o apoio de mais de 80 prefeitos e 500 vereadores, se quisesse disputar o governo.
 
Ao menos em público, o azedume da relação foi para o espaço e voltaram a ser os amigos de antes. Há pouco tempo, o senador Wellington Fagundes, presidente do PR, declarou a imprensa que Fávaro o havia procurado para tratar de possível candidatura a governador, contra Taques.
 
A revelação de Wellington Fagundes causou mal estar porque Carlos Fávaro estava em férias e não respondeu publicamente – o que, aliás, não aconteceu até hoje. Taques assegurou que confiava em Fávaro e desconfiava de Fagundes.
 
Estiveram saboreando a feijoada Pedro Taques, Nilson Leitão, Carlos Fávaro, Jayme Campos, Guilherme Maluf, Paulo Borges Júnior; secretário chefe da Casa Civil, deputado Max Russi (PSB) presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB); presidente do PSDB de Cuiabá e secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone Júnior;  e o empresário Marcelo Maluf, irmão de Guilherme.
 
Dentro de poucos dias, deve haver um novo encontro do grupo. Pedro Taques trabalha para convencer os aliados de que, apesar da crise econômica e de sua postura por vezes individualista, a reeleição é possível. Ele crê que avanços sociais que há décadas não eram alcançados por Mato Grosso.  
 
Para o próximo encontro, o desafio é elaborar um cardápio que possa convencer Mauro Mendes e o ministro da Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP). Caso não mude de idéia, Maggi vai disputar a reeleição  ao Senado.

Olhar Direto.

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