“Nas dificuldades, alguns foram para a escuridão”, diz Taques

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CAMARA VG

O governador Pedro Taques (PSDB) usou o discurso na convenção que oficializou sua candidatura, neste domingo (5), para reforçar que antigos aliados, hoje na oposição, abandonaram a gestão quando se depararam com as dificuldades de seu governo.

“Encontramos um Estado arrasado, roubado. Nós sabemos o sacrifício que foi chegar até aqui, as dificuldades. Alguns dizem que erramos. Se olhar para os mais pobres for errar, quero continuar errando. Nas dificuldades, alguns ficaram para trás, alguns abandonaram, alguns foram para a escuridão”, afirmou o governador.

"Mas nós não desistimos, porque tenho fé, esperança, que estamos no caminho certo. Tenho fé, esperança, que vamos caminhar, porque Mato Grosso não pode olhar pra trás. Mato Grosso tem que seguir para frente", disse.

A convenção que homologou a candidatura de Pedro Taques à reeleição foi realizada no Hotel Fazenda Mato Grosso, em  Cuiabá.

Ele terá como vice o ex-presidente da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Rui Prado (PSDB). Já o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e a ex-juíza Selma Arruda (PSL) vão ao Senado.

O tucano afirmou que está acostumado com dificuldades como as que enfrentou no governo, com crise financeira, salários sob risco e atrasos nos repasses à Saúde pública. 

“Minha vida toda foi trilhada com dificuldades. Quando eu estudava em São Paulo, passei fome mas nunca perdi a esperança. Fui procurador da República por 16 anos e não tive medo. Combati corrupção. Deixei um salário de 30 mil por mês”, afirmou, relembrando o fato de ter deixado o Ministério Público Federal para entrar na política.

Alfinetando adversários

No discurso, o governador voltou a sugerir que a candidatura de Mauro Mendes (DEM) significa um retrocesso, em razão de sua aliança com o MDB, que governou o Estado até 2014, com Silval Barbosa.

“Mato Grosso tem que seguir para frente. Mato Grosso não pode parar. Para mim, é uma honra receber a confiança de vários políticos", disse. 

"Eu não desanimo, não perco a esperança, porque Mato Grosso vai continuar no caminho correto. Não adianta virem com arrogância, com salto alto. Nós queremos ir a frente e vamos em frente porque sabemos o caminho". 

Ele também rebateu discursos de seus principais adversários que o classificam como "incompetente" e apontam que ele ficou praticamente sozinho nesses últimos meses de seu primeiro mandato.

"Tentam me desanimar, tentam me acusar de coisas que eu não fiz. Tentam dizer que fomos incompetentes, tentam dizer que estamos isolados”, disse.

"Isso não me interessa, porque mil cairão de um lado, dez mil do outro e nada nos atingirá", disse ele, em referência a um versículo bíblico.

"Nosso acordo é com o povo"

O governador também mandou recado àqueles que, às vésperas do processo eleitoral, se juntaram para fazer o que – em outras ocasiões – ele já denominou de "todos contra Taques".

"Apesar de alguns dizerem que temos poucos políticos, quero dizer que nosso acordo é com o povo, com o cidadão, com aquele que mais precisa do Estado".

"Enquanto muitos deixaram o barco com medo, quando muitos desanimaram, Nilson não desanimou. Eu, você (Nilson), Selma e o Rui vamos mostrar que na política o menos pode ser mais. E o menos é mais". 

Ainda no discurso, o governador reconheceu que ainda há muito a fazer pelo Estado. “Mato Grosso ainda não está 100% pronto. Mas avançou de verdade nos últimos anos”.

Ele ainda citou os companheiros de chapa ao Senado e seu vice e pediu para que aqueles que forem o apoiar, também votem nos demais membros da chapa.

No final do discurso, o governador previu uma campanha com percalços. "Eu quero dizer a vocês que passaremos por momentos difíceis, teremos acusações, teremos memes, teremos fake news, teremos mentiras, mas para cada mentira mil verdades serão ditas", afirmou.

"Eu não desisto. Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje. Se não puder rastejar, grite, mas não desista. Resista. Vamos ganhar as eleições. Se for a vontade de Deus e do povo, continuaremos a governar esse Estado. Não podemos permitir que Mato Grosso vá para trás. Vamos seguir sem arrogância, sem salto alto e caminhando com a verdade", concluiu.

 

Fonte: Mídia News

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