Alvos da PF, estelionatários compravam passagens aéreas, faziam financiamentos e não devolviam carros alugados

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CAMARA VG

O grupo de estelionatários, que é alvo da ‘Operação Nacostos’ da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (21), comprava passagens aéreas, fazia financiamentos e não devolviam carros alugados de locadoras. Eles clonavam cartões e utilizavam documentos falsos para aplicar o golpe. Ao todo, em Mato Grosso, foram cumpridas seis prisões.
 
“Estes estelionatários alugavam veículos de locadoras pelo país e não devolviam. Compravam passagens aéreas para diversas pessoas, faziam financiamentos utilizando os documentos falsos e faziam reservas em hotéis”, explicou o delegado Márcio Magno Carvalho Xavier, da Polícia Federal de Sorocaba (SP).
 
Durante as investigações, a Polícia Federal constatou que alguns beneficiários destas passagens aéreas foram presos por tráfico de drogas. Um dos casos aconteceu no Acre, quando uma mulher tentou embarcar com drogas. Estes bilhetes aéreos eram emitidos para várias localidades, nacionais e internacionais.  
 
Em Mato Grosso, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e dois de preventiva. Parte do grupo estava sediado em Cuiabá, enquanto que o restante se dividia entre Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).
 
“Nós estamos apurando o vínculo dos presos com alguma facção renomada. Há indícios de que sim, mas ainda precisamos ter a certeza. O que podemos afirmar 100% é que tinha ligação com o tráfico”, explicou o delegado.
 
Guilherme Dias de Miranda, de 35 anos, e Walisson Magno de Almeida, de 27, presos por assassinar o personal trainer Danilo Campos, de 28 anos, são alvos desta mesma operação. As investigações iniciaram em 2017 para apurar crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa com associação para o tráfico de drogas.
 
Segundo a PF, os criminosos se passavam por um magistrado federal utilizando documentos falsos (inclusive cartões de créditos clonados). Eles compravam passagens aéreas para terceiros por rotas atípicas, em detrimento do nome de juiz federal e, por corolário, da imagem da Justiça Federal perante terceiros de boa-fé.
 
O nome da operação “Nacostos”, significa “ocultos” no idioma italiano e faz alusão ao modus operandi  utilizado pela organização criminosa.

Morte de personal 
 
O crime correu em uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, por volta das 21h20 do dia 8 de novembro do ano passado. Populares disseram aos militares que viram dois homens em uma motocicleta alta se aproximarem e o garupa efetuar os disparos contra o personal trainer Danilo Campos.
 
A polícia apurou que Guilherme Dias de Miranda seria o mandante do assassinato. Ele usava documentos falsos para se esconder, junto com Walisson. A ex-esposa de Guilherme chegou a ser presa, mas foi solta por colaborar com a polícia. na cidade de Foz do Iguaçu (PR) e, em Cuiabá, colaborou no interrogatório e esclareceu o que ainda restava do crime, sendo solta em seguida. A pivô do caso afirmou que era ameaçada pelo ex-companheiro, Guilherme.
 
No dia 9 de março, cerca de quatro meses após o crime, Guilherme e Walisson foram presos em uma ação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso com a de São Paulo. Os dois estavam com passagens compradas para fugir do Brasil.

 

Fonte: Olhar Direto

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