Mendes nega ‘climão’ com Emanuel: “se ele estiver aqui hoje, estaremos juntos”

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Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O governador Mauro Mendes (DEM) amenizou o clima de animosidade que se instalou com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Ambos protagonizam um bate-boca público por meio da imprensa há semanas e se encontraram na última sexta-feira (27) durante evento no município de Várzea Grande. De acordo com o chefe do Paiaguás, o “reencontro” ocorreu dentro da normalidade.

“Natural, eu fui convidado para ir num evento, fui, e lá ele estava. Natural, não tem nada de errado em você estar presente com o prefeito da capital em qualquer evento. Se ele estiver aqui hoje, nós estaremos juntos, como qualquer outro político que esteja legitimamente empossado no cargo”, comentou Mauro Mendes, na manhã desta terça-feira (1).

Os presentes na inauguração do Ginásio Poliesportivo Júlio Domingos de Campos, o “Fiotão”, na noite da última sexta-feira (27), em Várzea Grande, no entanto, notaram que a animosidade entre os ex-aliados não se dissipou por completo. Ambos dividiram o mesmo dispositivo de autoridades a convite do senador Jayme Campos (DEM), marido da prefeita do município, Lucimar Campos (DEM).

Prefeito e governador chegaram a se cumprimentar com um frio aperto de mão, mas não trocaram nenhuma palavra durante o evento, que durou cerca de três horas. Durante a cerimônia, Mauro ficou acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), e do suplente de senador Fábio Garcia (DEM). Já o prefeito ficou do outro lado, em companhia de seu filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB).

Em seu discurso, Mendes recordou que já foi prefeito de Cuiabá e garantiu que irá ajudar a capital, mas não conseguiu esconder o desconforto em estar na presença de Emanuel. Já o prefeito da capital garantiu que o mais importante é o trabalho em benefício da população.

Mendes e Emanuel já foram aliados e o atual prefeito de Cuiabá, inclusive, já coordenou no passado campanha eleitoral do hoje governador do Estado. Quando assumiu a prefeitura de Cuiabá, Emanuel deu declarações sobre a forma que encontrou o Alencastro que incomodaram Mendes, que o antecedeu no cargo.

A degradação da relação foi gradual a partir de então. Na eleição de 2018, em que Mauro Mendes se elegeu com o apoio do partido de Emanuel, o prefeito de Cuiabá manifestou publicamente apoio à candidatura de Wellington Fagundes (PL), contrariando a própria legenda.

A escalada de aspereza na relação ganhou mais força em março deste ano, quando a Santa Casa de Cuiabá, à época sob responsabilidade da Prefeitura, fechou suas portas. Sempre em declarações à imprensa, os dois cobravam um do outro uma solução para o problema.

Desde então outros temas foram inseridos na discussão, entre eles a busca de uma solução para a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o apoio do Democratas, partido de Mendes, a um eventual projeto de reeleição de Emanuel.

O último capitulo na desavença entre prefeito e governador diz respeito a repasses atrasados que o Paiaguás tem com o Alencastro, de recursos não pagos durante a gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB). Mauro e Emanuel divergem da quantidade devida e o emedebista tem ameaçado acionar a Justiça para obrigar o Estado a efetuar o pagamento. Mendes, por outro lado, garante que quita em dia os repasses de sua gestão e já iniciou o pagamento que Taques deixou para trás.

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