Os cuiabanos foram surpreendidos e sairão prejudicados, mais uma vez, pelo preço do etanol nas alturas, nos postos de combustíveis. Até essa terça (28), era possível encontrar o combustível por R$ 3,17 o litro. Já nessa quarta-feira (1), o preço saltou para R$ 3,69. A razão para isso, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetroleo), foi a forma desorganizada como o Governo Federal promoveu o retorno da cobrança de impostos sobre os combustíveis, o PIS e o Confins.
Nessa terça-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a reoneração seria de forma gradual. O aumento definido pelo governo é de R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,02 para o etanol. Contudo, no caso da gasolina, houve uma redução de R$ 0,13 anunciada pela Petrobras e, dessa forma, o impacto final será de R$ 0,34 por cada litro do combustível.
“A forma como isso foi anunciado foi bastante conturbada, o ministro anunciou antes de publicar a medida provisória. Isso levou vários agentes do mercado a cometerem erros de interpretação e formulando preços que não correspondiam com a realidade da medida provisória”, explica o Diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares.
Segundo o representante, esse erro de cálculo foi sendo corrigido ao longo do dia para assegurar a recomposição dos lucros dos postos e das distribuidoras. As distribuidoras que venderam mais carro, terão que ressarcir os postos de combustíveis.
“Quem vendeu mais caro está fazendo nota de crédito para devolver o dinheiro para o posto e quem vendeu mais barato está fazendo a nota de débito para o posto pagar a diferença. Acreditamos que a partir de amanhã isso esteja já normalizado e aí sim nós vamos ver qual é o que foi o impacto do repasse das distribuidoras para os postos”, explicou.
Apesar da correção dos valores entre postos e distribuidores, não está previsto nenhum ressarcimento para o consumidor, que mais uma vez pagou a conta, desembolsou mais do que devia para abastecer o carro e vai amargar o prejuízo.
No entato, a situação pode ficar ainda pior. Segundo explica Nelson Soares, essa é a época do ano em que o etanol costuma ser reajustado pelas usinas.
“Vamos aguardar, ver também o que vai acontecer com o etanol, já que o gap (disparidade) vai ficar alto agora em relação ao preço do etanol. Não sabemos qual é que vai ser o comportamento das usinas, mas costumeiramente eles recompõem suas margens nesse período”, concluiu.
FONTE:REPÒRTER MT.
