Fávaro defende irmãos Batista e minimiza escândalos de propina e corrupção

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Divulgação
CAMARA VG

O ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) defendeu a presença dos irmãos e empresários Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS, na comitiva que acompanharia o presidente Lula na viagem oficial à China. Ambos firmaram uma megadelação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) e avalizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017.

Na época, foram responsáveis em filmar o então presidente da República Michel Temer (MDB), os aconselhando a manter boas relações com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB).

Joesley e Wesley também entregaram à PGR gravações em que o ex-senador Aécio Neves (PSDB) e a irmã, Andreia Neves, supostamente negociaram a quantia de R$ 2 milhões para o pagamento de advogados.

 

Também na delação, o empresário Joesley Batista relatou ter feito pagamentos que chegaram a US$ 150 milhões em propina “em favor” do atual presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, mediante depósitos em contas distintas no exterior.

 

Em declaração numa coletiva de imprensa no domingo (27), Fávaro minimizou atos de corrupção dos empresários Joesley e Wesley Batista. Disse que é necessário olhar para frente e, ainda, que os irmãos Batista, enquanto representantes de uma das maiores empresas do mundo, têm legitimidade para trabalhar pela expansão dos negócios.

 

“A gente tem que reconhecer (que a JBS) é a maior empresa de carnes do mundo, é uma empresa brasileira que gera muitos empregos, que gera muitas oportunidades ao cidadão brasileiro. E eles cumprindo a legislação brasileira, cumprindo seu compromisso, não tem porque não poderem fazer parte da comitiva e estar buscando a ampliação dos seus negócios”, afirmou Carlos Fávaro, que esteve com os donos da JBS durante o café da manhã no hotel em que estão hospedados.

Questionado se a participação de Joesley e Wesley na missão do governo à China significa que o turbilhão de escândalos em que eles e a JBS estiveram metidos foi esquecido, Fávaro respondeu que é preciso “olhar para frente”.

“Esquecer, não. Temos que pensar que, se alguém deve alguma coisa, que pague pelo que deve. Agora, temos que olhar para frente”, disse.

As declarações foram dadas a imprensa durante entrevista coletiva na embaixada do Brasil em Pequim no domingo (26).

Assim como outros empresários convidados para integrar a comitiva, os irmãos Joesley e Wesley chegaram à capital chinesa antes de Lula anunciar o cancelamento da visita e têm cumprido uma série de compromissos na cidade. Neste domingo, os irmãos fizeram uma visita à embaixada brasileira.

FONTE:REPÒRTER MT.

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