CPI do MST começa com tapas na mesa, bate-boca e microfone cortado na Câmara Federal

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CAMARA VG

A primeira sessão da CPI do MST, realizada nesta terça-feira (23) na Câmara dos Deputados, foi marcada por gritaria, bate-bocas, tapas na mesa e microfone cortado, após discussões entre deputados da base e da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) bateu boca com o deputado Ricardo Salles (PL-SP), durante a sessão de apresentação do plano de trabalho da CPI, que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Salles é o relator da Comissão.

 

Durante pronunciamento, Talíria Petrone criticava a criação da CPI, que, para ela, “é uma tentativa da Câmara de criminalizar o MST”.

 

No discurso, ela lembrou que Salles é investigado pela Polícia Federal. Após a fala da parlamentar, Salles disse que abrirá um processo contra ela no Conselho de Ética da Câmara.

 

Em seguida, o primeiro vice-presidente da CPI, Kim Kataguiri (União Brasil-SP), interrompeu a fala de Talíria e disse que apresentaria um questionamento, alegando que, de acordo com o regimento da Casa, nenhum deputado poderia se referir de “forma injuriosa” a membros do Legislativo. Talíria, então, rebateu.

 

Já fora do microfone, a deputada disparou: “E olha que eu nem chamei de bandido ou de marginal, com todo respeito.”

Outro momento de tensão foi quando o Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI, cortou o microfone da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O corte aconteceu no momento em que ela lia uma notícia sobre investigação aberta contra Zucco no Supremo Tribunal Federa (STF).

A investigação foi aberta com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, nesta tarde. A apuração tem o objetivo de saber se Zucco patrocinou atos golpistas.

“Acabou de sair a noticia de que o Moraes autoriza a PF a retomar a investigação do presidente da CPI do MST pela participação nos atos antidemocráticos. Que até agora o senhor estava dizendo que era mentira”, afirmava Bomfim, logo antes de ter o microfone cortado.

A deputada reclamou de que ainda tinha 30 segundos para falar.

Zucco afirmou que a CPI não era palco para ataques pessoais. (Com informações do G1)

FONTE:REPÒRTER MT.

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