O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a discutir com comandantes militares a hipótese de um golpe de Estado no Brasil. A confirmação de seu envolvimento na tentativa frustrada de interromper o processo democrático brasileiro, segundo apurou a Polícia Federal (PF), surgiu após o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aplicar uma multa de R$ 22,9 milhões contra o partido do ex-mandatário neofascista.
Até aquele momento, Bolsonaro e seus aliados contestavam a legitimidade e a integridade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro, mas se radicalizou após a medida do TSE. A multa ao PL, inclusive, foi aplicada por Moraes após o partido entrar com uma ação tentando invalidar votos no segundo turno.
Gargalhadas
A aplicação da multa ocorreu no dia anterior à reunião golpista de Bolsonaro com os comandantes das Forças Armadas. O então chefe do Executivo levantou a possibilidade da ruptura democrática, mas apenas o então comandante da Marinha, Almir Garnier, aceitou a ideia. O então comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, chegou a adverti-lo sobre o risco de ser preso, caso mantivesse aquele plano golpista.
A apuração complica, ainda mais, a situação jurídica do ex-presidente, mas ele aparenta não fazer ideia do risco de corre de ser preso, nos próximos meses. Nesta manhã, Bolsonaro desembarcou em Blumenau, de bom humor.
Sem se importar com a repercussão das piadas que contava, em meio às fortes chuvas que deixaram dois mortos e mais de 12 mil desabrigados em Santa Catarina, Bolsonaro não economizou nas gargalhadas.
Fonte: Portal MSN / Correio do Brasil
