Seminário promove estudos científicos e boas práticas para melhorias da segurança pública

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Foto: Andréia Guarezzi - Sesp
ALMT TRANSPARENCIA

O Núcleo de Estudos da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) promoveu nesta quinta-feira (30.11) o 2º Seminário de Socialização de Conhecimento Científico e de Boas Práticas em Segurança Pública. Cerca de 200 pessoas participaram, nas modalidades online e presencial, das palestras nacionais e assistiram as apresentações de trabalhos voltados à análise e melhoria das instituições policiais. O evento contou com a presença do secretário-adjunto de Segurança Pública, coronel PM Heverton Mouret.

A professora e doutora em Sociologia, Fernanda Novaes Cruz, iniciou o ciclo de apresentações com a palestra “Fatores de Risco e Fatores de Proteção para a Saúde Mental dos Profissionais de Segurança Pública”. Fernanda é pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (IPPES/RJ).

No período vespertino, o professor-adjunto da Universidade Federal de Pelotas (RS) e pós-doutor em Criminologia e Sociologia Jurídico Penal, Bruno Rotta Almeida, expôs o trabalho “Segurança Pública, Sistema Penitenciário e Justiça Social”.

Além dos palestrantes magnos, 20 servidores apresentaram seus trabalhos científicos ou boas práticas que contribuem com crescimento das instituições, subsidio de políticas públicas e melhora no serviço prestado à população. Um dos trabalhos apresentados foi do perito oficial criminal e gerente regional da Politec em Nova Mutum, Rafael Leôncio do Espírito Santo. Com a captação de recursos do Conselho de Segurança, repasses do Ministério Público e de empresários patrocinadores, o servidor realizou a reforma na sala de balística da unidade com material reaproveitado.

A medida reduziu em no mínimo 20% a intensidade de estampidos produzidos por disparos de arma de fogo, a fim de obedecer a lei do silêncio municipal e também fomentou ambiente de trabalho seguro e apropriado aos servidores da segurança pública. Conforme o servidor, que também é também é físico e matemático, a reforma forneceu dignidade de trabalho em local limpo, elaborado, planejado, seguro e que potencializa a eficiência e eficácia do serviço prestado ao cidadão e a justiça.

“Meu objetivo era fazer com que eu realizasse o trabalho de teste de eficiência e caracterização na sala de balística com segurança para os servidores e de modo legal sem incomodar a sociedade, mantendo a eficiência e eficácia do serviço público”, destaca.

O investigador e gerente de Educação Física da Academia da Polícia Civil (Acadepol), Claudinei Farina, apresentou as boas práticas voltadas para saúde mental e física dos servidores públicos. Como exemplo, citou o programa Medida Certa, da Polícia Civil. No programa, o policial pode se ausentar uma vez por semana com anuência do seu chefe imediato para fazer a prática de alguma atividade física.

Outras atividades mencionadas pelo educador físico foram os Jogos Internos da PJC, a corrida de rua do programa de Cara Limpa Contra as Drogas, circuito Qualidade de Vida, além de ações com médicos, fisioterapeutas, educadores físicos, massoterapeutas, nutricionistas, entre outros. “Temos ainda a Academia de Musculação localizada na Acadepol da PJC que atende todo seguimento da segurança pública, Detran e Seplag”, enfatizou o investigador em sua apresentação.

‘Diálogos e transversalidade em Segurança Pública’

O seminário marca o encerramento dos trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo de Pesquisas Científicas em 2023, que realizou seis encontros para socializar conhecimentos e propiciar a integração entre as forças de segurança pública.

Como fruto dos estudos, o grupo irá publicar o livro ‘Diálogos e transversalidade em Segurança Pública’. “Vamos colocar em prática a escrita para publicarmos em 2024 um compilado com 25 artigos com participação de servidores da Sesp e instituições de ensino superior convidadas”, explica o Ueliton Peres de Oliveira, analista do Sistema Socioeducativo e coordenador do Grupo de Estudos.

Também organizadora, a analista de desenvolvimento econômico e social, Rosária Cristina da Silva Ormond, celebrou o encerramento do ciclo com expectativas de novos projetos para 2024.  “Para o próximo ano, temos parcerias para projetos de extensão. Fazer esse contato mais próximo com as comunidades que tem alto índice de violência. O objetivo é levar projetos que tendem a diminuir os índices de criminalidade nesses bairros, através do fomento a educação. Temos também o livro, além das parcerias de processos formativos para capacitar servidores e oferecer um serviço público de qualidade para a sociedade”.

 

 

 

Fonte: Sesp-MT

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