O empresário Marllon Pezzin, preso nesta quinta-feira (1o) durante a Operação Hades, realizada pela Segurança Pública de Alagoas, pode ser transferido para o estado nordestino para ser interrogado. O delegado Wilson Cebuski, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE-MT), confirmou a informação.
Marllon foi preso em um condomínio de luxo em Cuiabá, durante a execução do mandado. Ele foi apreendido com R$ 15 mil. Os investigadores também realizaram buscas e apreensão na residência dele e também em uma empresa. Outros dois empresários estão foragidos e a polícia acredita que eles tenham se mudado para o exterior.
“Ele passa pela audiência de apresentação aqui, aí vai ficar a cargo da Polícia Civil da Alagoas, pedir um recambiamento ou solicitar uma colaboração nossa pra fazer uma oitiva dele, mas aí fica a cargo da Polícia Civil da Alagoas e do Judiciário de Alagoas as medidas daqui para frente”, disse o delegado, que ainda afirmou que ele deve passar por audiência de apresentação ainda nesta quinta.
“Ele será levado para a audiência de custódia aqui em Cuiabá”, disse Cebuski.
Histórico
Pezzin, como é conhecido, está envolvido em um acidente de trânsito no dia 17 de janeiro, na Estrada da Guia, em Cuiabá. Ele conduzia um Porsche 911 quando colidiu com um VW Fox, conduzido pelo jovem Gabriel de Paula, de 20 anos, que foi socorrido em estado grave e levado para o Hospital Municipal de Cuiabá. O rapaz esteve em estado de coma, mas já despertou.
A suspeita é de que Marllon tenha participado de um racha na região com outro carro da mesma marca. A DEletran está investigando a suspeita de uma corrida ilegal.
Além disso, o empresário também foi preso por agredir uma ex-namorada com socos nos rostos e braço. O incidente ocorreu em março de 2022.
José Clóvis Pezzin, nome verdadeiro do suspeito, ainda se envolveu em uma confusão próximo a uma boate na avenida Isaac Póvoas, após importunar uma mulher.
Uma testemunha teria presenciado a cena e, ao chamar a atenção do empresário, teria sido agredida com um soco no rosto. Em seguida, Marllon teria saído do estacionamento atirando em direção à vítima.
Operação
A Operação Hades foi lançada pela Segurança Pública de Alagoas contra organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e lavagem de capitais em 17 estados do país.
Em Mato Grosso, cumprem-se 13 mandados, sendo três de prisão e dez de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade e Chapada dos Guimarães.
A megaoperação tem como objetivo cumprir 307 mandados judiciais contra integrantes de duas organizações criminosas que atuavam no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes.
A operação é fruto de uma investigação da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil de Alagoas, em conjunto com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, que investiga a atuação criminosa desses grupos no tráfico de drogas em larga escala em Alagoas e outros estados do país.
Os mandados foram expedidos pela 17a Vara Criminal da Capital de Alagoas, após o parecer favorável do Gaeco e do Ministério Público de Alagoas, com base nas provas técnicas apresentadas pela Dracco. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Alagoas e em outros 16 estados brasileiros de forma simultânea.
São 79 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
