A operação cumpre 11 mandados contra pessoas que foram investigadas por lavar dinheiro e movimentar um mercado ilegal em penitenciária de MT

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

A Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Rondonópolis cumpriu 11 mandados de busca e apreensões na Operação Mercado Paralelo, que investiga a lavagem de dinheiro por uma organização criminosa que atua em um supermercado situado em uma unidade prisional.

Uma das principais alvos da operação é a companheira de um dos reclusos na Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, localizada em Rondonópolis, que atuava na movimentação bancária de valores arrecadados com o tráfico de drogas. A detida foi presa em flagrante por tráfico de drogas, o que a levaria para a unidade prisional.

A investigação da Derf de Rondonópolis teve início em 2020 com o objetivo de apurar a atuação de um grupo nos crimes de tráfico, associação e integração de organizações criminosas. A partir das perícias realizadas, a Polícia Civil identificou, dentre os investigados, dois deles, detidos na Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, que controlavam o tráfico de drogas e controlavam o fluxo de dinheiro para o presídio, o que poderia configurar um possível crime de lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil apurou que os valores arrecadados com o tráfico de drogas custeavam um mercadinho ilegal na unidade prisional. Os diálogos mantidos entre a investigada e o companheiro, preso por homicídio, revelaram que a mulher era instruída a depositar valores em diversas contas bancárias, que, posteriormente, eram sacados para que os presos beneficiados pudessem realizar compras no mercado oficial da penitenciária e, posteriormente, criar um mercado paralelo, no qual os produtos são revendidos a preços muito superiores aos praticados.

Durante o período de investigação, ela foi presa em flagrante com mais de cinco mil reais, negando que o valor fosse oriundo do comércio de entorpecentes. A delegada ainda apurou que o marido era o responsável pelo mercado paralelo existente no Raio 2 da penitenciária regional, o qual consumia, em média, R$ 5 mil mensais.

A Derf de Rondonópolis cumpriu mandados de busca e afastamento de sigilo bancário, deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis. As ordens judiciais tiveram como alvo dois detentos detidos na penitenciária regional e suas companheiras.

A Operação Erga Omnes é uma das ações do plano estadual da Polícia Civil de Mato Grosso para o combate às organizações criminosas.

 

 

Fonte: Informações/ PJC-MT