Um serial killer que matou um jovem em Cuiabá por ódio aos homossexuais foi mantido preso e vai a júri

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

A juíza Marina Carlos França manteve a prisão preventiva de Juberlândio Diniz Alvarenga, determinando que ele seja submetido ao tribunal do júri pelo homicídio qualificado de Roger André Soares, brutalmente assassinado com pelo menos 30 facadas no dia 22 de abril de 2022, em Cuiabá. Após a execução da vítima, o assassino colocou-a em posição de crucifixo e desenhou três cruzes de sangue no local do crime. A sentença de pronúncia proferida no último dia 3

Após a decisão do Tribunal de Justiça de anular a primeira sentença, que havia afastado duas qualificadoras, e determinar que uma nova fosse proferida, a juíza designada à 12a Vara reexaminou o caso e decidiu submeter o réu a um julgamento popular devido a três circunstâncias que reprovaram a conduta praticada.

A magistrada, então, manteve a qualificadora do motivo torpe, uma vez que Juberlânio assassinou Roger por ódio contra homossexuais. Além disso, constatou-se um envolvimento religioso no crime, uma vez que a vítima foi encontrada em posição de cruz e, ao seu lado, havia três cruzes desenhadas com sangue.

A juíza manteve essa qualificadora, uma vez que ele cometeu o homicídio com uma brutalidade incomum, causando sofrimento desnecessário a Roger, uma vez que o laudo de necrópsia revelou 30 golpes de faca pelo corpo.

Em relação ao recurso que dificultava a defesa da vítima, a magistrada verificou que a execução foi realizada de forma inesperada, o que pegou Roger de surpresa. A qualificadora foi mantida.

Diante do que foi apresentado, pronuncio o denunciado Juberlândio Diniz Alvarenga para que seja julgado pelo Tribunal do Júri, como incurso no crime de homicídio qualificado por motivo torpe, cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima”, disse.

Serial Killer

Após matar Roger André Soares, de 29 anos, com mais de 30 facadas, em Cuiabá, Juberlândio Diniz Alvarenga, 36, fixou-se em uma pousada na cidade do interior de São Paulo e começou a trabalhar como catador de limão. Em sua nova residência, a segunda maior produtora da fruta no Brasil, já mirava uma nova vítima. A dupla personalidade, as tatuagens, o modus operandi e a capacidade de sentir prazer com a crueldade são algumas das características de Juberlândio que revelam seu perfil serial killer, ou seja, assassino em série.

No corpo, Juberlândio exibe tatuagens de figuras assustadoras. O personagem de ficção Hannibal Lecter, assassino e canibal em série, está no peito. Jason Voorhees, personagem da série de filmes Sexta-Feira 13, é um assassino conhecido por usar uma máscara de hóquei no gelo e um facão como sua principal arma de ataque. Além de outras tatuagens, há também uma caveira com duas armas nas costas e um palhaço nas costas.

Assim como Jason Voorhees, que usava uma arma perfurocortante para executar suas vítimas, Juberlândio é investigado por pelo menos três homicídios com uso de faca. A Polícia Civil de Urupês também encontrou uma faca grande, furtada dias antes da cozinha do estabelecimento.

Juberlândio disse ter pegado o objeto para cortar frutas. A Polícia, contudo, descobriu que o criminoso já havia se desentendido com um hóspede por causa de uma mulher e poderia estar prestes a cometer um novo homicídio.

O última vítima do acusado, Roger André, foi morto no bairro Parque Cuiabá, após ser atraído para um encontro sexual. Além dele, a Polícia recebeu dados de outros homicídios registrados nas regiões da Paraíba e Pernambuco. Em todos os casos, as vítimas eram mortas com extrema violência.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto