“Tristeza profunda”: mãe passa o primeiro Natal após a filha ser assassinada

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A vida de Suely Silva França, de 40 anos, mudou drasticamente desde o desaparecimento da sua filha, Késia Letícia França, de 14 anos, no dia 8 de setembro.  O corpo de Késia foi encontrado por um catador de material reciclado em uma cova no lixão na cidade de Colniza (1.065 Km de Cuiabá), no dia 18 do mesmo mês. Sem poder dar um enterro digno a filha, Suely lamenta a demora pela liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) e afirma que dezembro será o mês mais difícil, “além do Natal, esse mês ela faria 15 anos, já estava tudo pronto para a festa, ela era grudada comigo, não ter ela aqui é a maior tristeza da minha vida”.
 
Késia saiu de casa no dia 8 de setembro para estudar na casa de uma amiga e não deu mais notícias, a família fez buscas pela cidade e vários apelos nas redes sociais, a adolescente saiu sem documentos e sem bolsa, somente com a roupa do corpo. Suely já imaginava que o pior poderia ter acontecido, “ela nunca ficou tanto tempo sem dar notícias, ela sempre voltava para casa no horário combinado, nunca havia sumido assim”, afirma.

“Encontramos só os ossinhos dela, ela ainda usava a mesma roupa que saiu de casa, por isso acredito que ela foi morta naquele dia mesmo. Reconhecemos ela pelas roupas e pelos anéis que ela usava”, relata emocionada.

A morte da adolescente ainda é um mistério na cidade de Colniza, o corpo da menina ainda está no IML de Cuiabá, sem previsão para liberação. O principal suspeito do crime, identificado como Rodrigo José Grasse, de 32 anos, continua preso. Foi ele quem indicou para a família onde o corpo de Késia estaria enterrado e teria dito a várias testemunhas que ele recebeu dinheiro pelo crime. 

Suely conta que dezembro está sendo o pior mês da vida dela, o primeiro sem a filha. “Dia dois ela faria aniversário, sempre sonhou com a festa de 15 anos, já tínhamos tudo planejado, ela já tinha até escolhido o vestido, está sendo muito difícil. Nunca passei nenhum natal sem a minha filha, não consigo imaginar como vai ser”.

A angustia de Suelly já dura mais de cem dias. Ela tem tentado de todas as formas uma resposta sobre o caso da filha, tanto na Promotoria da cidade e na Delegacia de Polícia Civil, ela espera poder enterrar o corpo da filha adolescente ainda esse ano mas de acordo com ela, o exame de DNA ainda não foi concluído e sem ele não é possível fazer o atestado de óbito e a liberação do corpo.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC) foi procurada pela equipe de reportagem e informou que normalmente a demora se deve ao procedimento, ainda de acordo com a assessoria "O material chegou para o Laboratório no dia 24/10 e entrará em análise esta semana. O prazo de conclusão não pode ser estimando, pois depende de vários fatores presentes no decorrer do processo".

Fonte: Olhar Direto 

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