Após busca e apreensão, cuiabano acusado de assassinar enteado em Portugal será ouvido pela Interpol

0
227
Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto/Reprodução
CAMARA VG

Olhar Direto

O advogado do cuiabano Joaquim Lara Pinto, acusado de assassinar o próprio enteado, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, Portugal, após uma semana de desaparecimento, prometeu que apresentará o seu cliente ainda na tarde desta terça-feira à Interpol. O mato-grossense teve um mandado de busca e apreensão cumprido nesta manhã pela Polícia Federal (PF).
 
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, que representa a Interpol no país, Joaquim Lara foi intimado para prestar depoimento por meio do seu advogado, Raphael Arantes. Ele então comprometeu-se a apresentar o cliente ainda nesta tarde para ser ouvido por dois policiais da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, que acompanham as ações no país.
 
A Polícia Federal descartou a possibilidade de prisão do cuiabano, já que o mandado era apenas para busca e apreensão, que aconteceu na casa de Joaquim Lara, no bairro Tijucal, onde o cuiabano está morando após retornar de Portugal. A ação é uma cooperação internacional entre Brasil e Portugal.
 
A reportagem tentou contato com a defesa do acusado, mas não obteve resposta. Anteriormente, ao Olhar Direto, o advogado Raphael Arantes, que representa Joaquim Lara, negou todas as acusações e disse que o cuiabano seria inocente. Além disto, ele havia entregado o seu passaporte à Polícia Federal (PF).
 
O caso
 
O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento. O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente. Segundo a imprensa local, ele é apontado como o principal suspeito.
 
De acordo com as informações da imprensa local, o adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro de 2016, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Segundo a mãe do garoto, Célia Barreto, o cuiabano já havia marcado a viagem há um mês.
 
Exames complementares divulgados pela Polícia Judiciária de Portugal apontam que o jovem Rodrigo Lapa, de 15 anos, foi morto por estrangulamento mecânico, provavelmente pelo braço de seu padrasto, o cuiabano Joaquim Lara Pinto. Depois se contradizer em vários depoimentos e alegar que padrasto e enteado tinham uma boa relação, a mãe do adolescente, Célia Lapa, confessou ter presenciado a agressão sofrida por Rodrigo e ouvido seus gritos no dia do assassinato.
 
Após uma discussão, Joaquim teria se escondido e esperado o adolescente sair do quarto para agarrá-lo pelo pescoço e arrastá-lo para a cozinha da casa onde viviam, mantendo-o imobilizado. De acordo com a imprensa portuguesa, a mulher alegou não ter contado isto à polícia antes por medo de que Joaquim fizesse alguma coisa contra ela ou contra a filha que tem com ele, que na época tinha seis meses. Mesmo assim, a mulher teria mantido contato por telefone com o companheiro após o crime.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here