Região do Zero Km precisa de atenção da Segurança, diz ativista

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Foto: Alair Ribeiro/MídiaNews
CAMARA VG

Midia News

A região do Zero Km, em Várzea Grande, um conhecido ponto de prostituição da Grande Cuiabá, voltou a ser palco de casos de violência. O último registro foi o de uma travesti baleada na boca e braço por um de seus clientes.

Outro caso recente foi o da travesti Natália Pimentel, 22 anos, que morreu atropelada por se negar a fazer um programa por R$ 17. O crime ocorreu no 25 de julho de 2017 e o acusado do assassinato está detido.

Para o presidente do grupo Livremente, Gabriel Henrique Figueiredo, crimes como este acontecem porque o local está abandonado pela Segurança Pública.

“O Zero tem carecido de parcerias com o movimento social e a estrutura de Segurança Pública. Independente do movimento social, a secretaria deve se empenhar no monitoramento e policiamento naquela região e na articulação junto às empresas que estão ali”, afirma. 

A sugestão do militante é para que juntos: comunidade, empresários e Governo atuem na prevenção de crimes motivados pela homofobia.

Mato Grosso é o terceiro Estado com o maior número de mortes motivadas pela homofobia no País. Registros da Secretaria de Segurança apontam acontece um assassinato para cada 367 mil habitantes.

O Acre é primeiro, com uma morte para cada 270 mil habitantes, e em segundo fica Alagoas, com um homicídio para cada 279 mil.

 

Nome Social

O nome social é um direito adquirido por travestis e transexuais desde 2016. Contudo, em vários casos quem registra o boletim não se preocupa em utilizar o nome social da vítima.

No boletim de ocorrência registrado nesta semana, a vítima baleada na boca e no braço teve boletim de ocorrência registrado com seu nome civil.

“Existe um preparo realizado pelo grupo contra a LGBTfobia junto a Secretaria de Segurança Pública. Mas infelizmente, nós vemos ainda casos de abusos por muitos profissionais. Infelizmente, a estrutura da policial tem um cultura que está cristalizada, e muitos desses profissionais não têm preparo ainda para atender os casos de LGBTfobia”, diz Gabriel. 

“A gente ouve muitos relatos de travestis e transexuais de que quando chegam na instituição de Segurança Pública e não são tratadas em conformidade com a identidade de gênero”, conta. 

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