Por conflitos em siglas, dissidentes do PSB devem se dividir

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CAMARA VG

O grupo liderado pelo ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) e o deputado federal Fabio Garcia se reuniu novamente na noite de segunda-feira (11) e manhã desta terça-feira (12) para decidir para qual partido seguirá no próximo ano. Por conta de divergências políticas, eles devem seguir para siglas diferentes.

O primeiro encontro ocorreu no Hotel Paiaguás, em Cuiabá, e contou com a presença de 16 prefeitos além dos parlamentares da Assembleia e da Câmara Federal. Já a reunião de hoje foi somente com os deputados na presidência do Legislativo. Ambos os encontros duraram mais de quatro horas.

“Não conseguimos chegar a uma equação em que caiba todo mundo, em uma única sigla que comporte os cinco estaduais, os dois federais e os prefeitos. Então, o Eduardo Botelho, Fabio e Adilton Sachetti vão para o DEM. Eu estou próximo do DEM, mas ainda estou conversando. O Mauro Savi e o Oscar Bezerra vão buscar outro caminho e o Max Russi vai aguardar uma posição do governador”, explicou o deputado Adriano Silva.

Mauro Savi e o Oscar Bezerra devem se filiar ao PP, do ministro da Agricultura Blairo Maggi. Max Russi deve ir para o mesmo partido do governador Pedro Taques (PSDB).

Já o prefeito Mauro Mendes deve seguir Botelho e Garcia e se filiar ao Democratas. Os 16 prefeitos filiados ao PSB devem seguir os deputados com os quais tenham mais afinidade.

O grupo planejava, inicialmente, se filiar no partido do ex-senador Jaime Campos. Entretanto, já há membros na sigla que são da mesma região que os dissidentes do PSB. Um exemplo é o deputado Oscar Bezerra, da mesma região que o presidente regional do DEM, deputado Dilmar Dal’Bosco.

“Cada um tem um desenho para sua reeleição. E tínhamos que achar um desenho que coubesse todo mundo, um guarda-chuva para cobrir a todos, mas não conseguimos. O DEM não representa o interesse de todos”, afirmou Adriano.

 

Janela em março

Eduardo Botelho busca na Justiça Eleitoral decisão favorável para que o grupo possa deixar o PSB antes da janela da infidelidade partidária, período que os mandatários podem trocar de sigla sem correr o risco de perder seus cargos. A janela está prevista para abrir em março de 2018.

Os deputados Fabio Garcia e Adilton Sachetti conseguiram decisões favoráveis e já deixaram a sigla.

“Por enquanto, temos que esperar a janela. Então, essa discussão não é uma definição, porque a janela é somente em março. Vamos aguardar, muita coisa ainda vai acontecer no cenário político. Acredito que muitas pedras serão mexidas no tabuleiro”, analisou Adriano Silva.

 

Caso PSB

A ideia de debandada do PSB aconteceu após o deputado federal Valtenir Pereira assumir o comando da sigla em Mato Grosso em junho. Ele havia deixado o partido em 2013, após divergências com o então prefeito Mauro Mendes.

O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, que foi responsável pelo convite, afirmou que o deputado retornou ao PSB para garantir “sintonia” entre a executiva estadual e a direção nacional.

O convite foi considerado uma resposta ao deputado federal Fábio Garcia, que votou favorável à reforma trabalhista do presidente Michel Temer (PMDB), mesmo com o diretório tendo deliberado pelo voto contra a proposta.

Midia News.

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