Multiplicadores levam consciência ambiental a municípios de Mato Grosso

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Reprodução
CAMARA VG

Enquanto em Guarantã do Norte os estudantes de Tecnologia em Agronegócio distribuem kits com sementes da árvore jatobá, em Paranatinga as crianças da Escola Municipal ‘17 de maio’ plantam mudas para reflorestar parte da Lagoa Pouso da Garças. O envolvimento da comunidade com o meio ambiente é fruto do ciclo de cursos ‘Meio ambiente e Educação Ambiental – Um diálogo inicial’, promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

O curso tem como objetivo formar multiplicadores que auxiliem a levar os temas relativos à conservação ambiental para todo o Estado. A edição de 2017 formou 327 pessoas de 23 municípios e foram elaborados 51 Planos de Enfrentamento dos Problemas Ambientais Locais (PEPA). O projeto é a parte prática do curso e necessária para obtenção do certificado. O curso de 2017, teve como foco os municípios da região amazônica e Cuiabá. Na capital, servidores de 13 órgãos públicos estaduais foram habilitados a reproduzir os conceitos ambientais por meio da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P).

“O curso abriu portas para pensar e refletir sobre a importância do ser humano no meio ambiente e o papel de cada um de nós nesse sistema”, destaca o engenheiro agrônomo e professor do curso de Tecnologia em Agronegócio da Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte, Julio Cesar Santin. Por meio do projeto “Plante uma árvore”, desenvolvido ao longo do curso, Santin e equipe distribuíram mais de dois mil kits com cartilha de educação ambiental, substrato e sementes de jatobá para que a comunidade local se envolvesse no plantio de uma espécie nativa na região. “As mudas devem estar com 30 centímetros agora. É muito bom ser abordado e ouvir que as sementes germinaram”, comemora.

Já em Paranatinga, o foco do PEPA elaborado pelos participantes do curso foi a Lagoa Pouso das Garças. “Percebemos que o desmatamento no entorno da lagoa estava diminuindo o tamanho dela e a própria população já começava a reclamar”, constata a engenheira ambiental e sanitarista, Camila Guedes. Foi daí que nasceu o projeto “Recuperar é preciso” para o plantio de árvores em parte da lagoa. O grupo mobilizou estudantes do ensino fundamental e a promotoria da região para abraçar a causa e plantaram cerca de 200 mudas em uma área da prefeitura. Camila ressalta que o engajamento do projeto pode ser medido pelo fato de que mais escolas procuram para falar do tema e auxiliar na manutenção das árvores.

Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, André Baby, o envolvimento da sociedade é fundamental para garantir a conservação do meio ambiente para esta e gerações futuras. “Quem está nos municípios conhece melhor a realidade e os problemas locais e pode trazer soluções mais precisas. Além disso, é importante termos a consciência da responsabilidade de cada um de nós na gestão ambiental”, destaca.

O curso é voltado para representantes dos diversos segmentos sociais, como gestores ambientais, agentes ambientais e de saúde, profissionais da educação, associações, representantes de cooperativas, sindicatos e entidades de classe em geral. Segundo a superintendente de Educação Ambiental da Sema, Maria de Fátima de Souza, para a edição de 2018 os cursos serão voltados para as Unidades de Conservação. As informações sobre os cursos são divulgadas no site da secretaria no endereço www.sema.mt.gov.br

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