Juíza pede manutenção de escolta em razão de ameaças; TJ avalia

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CAMARA VG

A juíza aposentada Selma Arruda, que atuava na Vara Contra o Crime Organizado da Capital, pediu que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) mantenha a escolta que faz a sua segurança.

Apesar de ter saído da Magistratura no final de março, Selma alegou que continua a receber ameaças por conta das atividades que exerceu quando era juíza.

Na vara, Selma conduzia processos de alta complexidade envolvendo organizações criminosas, cujos réus eram políticos de grande influência no Estado, como o ex-governador Silval Barbosa e o ex-deputado José Riva, além de integrantes de facções criminosas.

A juíza se aposentou para disputar uma vaga no Senado nas eleições deste ano. Ela é pré-candidata pelo PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro.

De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos Ribeiro, o pedido será primeiramente analisado pela Comissão de Segurança do Tribunal, presidida pelo desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha.

“Nós temos uma Comissão de Segurança que está analisando, porque ela se aposentou. Temos que fazer uma análise, pois hoje ela não está mais na atividade jurisdicional, mas se há ameaças e se essas ameaças são ligadas à atividade jurisdicional dela, evidentemente que vamos ter que ter olhos para analisar isso”.

Rui Ramos explicou que a comissão deverá analisar se é imprescindível ou não a manutenção da escolta para a juíza, e, caso o parecer seja favorável, que tipo de plano de segurança será aplicado para o caso.

“Porque você tem níveis de segurança: o mínimo, o médio e o alto. É preciso estudar qual a necessidade que se tem de inteligência policial, de acompanhamento presencial, se precisa de um ou dois seguranças.Também deve haver protocolos para quem está sendo escoltado, definir certas restrições, senão a escolta se torna inútil”.

O presidente do TJ-MT afirmou que após, a análise da comissão, caberá a ele a decisão final sobre o pedido.

Ele também informou que, no momento, apenas três ou quatro juízes no Estado andam com escolta, sendo que a manutenção desta “blindagem” é reavaliada periodicamente.

“Precisamos verificar se essas ameaças são vinculadas pela atuação da magistratura. Se as ameaças forem de outra natureza, acredito que é o Executivo quem tem que fornecer a escolta”, disse Rui Ramos.

Midia News.

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