Maioria vota para manter deputado estadual na prisão, mas julgamento é adiado

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CAMARA VG

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) adiou, nesta quinta-feira (24), a decisão sobre pedido da revogação da prisão preventiva do deputado estadual Mauro Savi (DEM), preso desde o último dia 9 em decorrência da segunda fase da “Operação Bereré”, denominada “Bônus”. O julgamento foi adiado em razão do pedido de vista do feito pelo desembargador Marcos Machado.

Até o encerramento da sessão, 16 desembargadores votaram contra a soltura do parlamentar e 2 votaram a favor. Ainda faltam 12 desembargadores a votar.

Votaram pela manutenção da prisão o relator do processo, desembargador José Zuquim, que foi acompanhado por Serly Marcondes Alves, Nilza Maria Pôssas, Antônia Siqueira Gonçalves, Cleuci Terezinha Chagas, Helena Maria Bezerra, Juvenal Pereira da Silva, Márcio Vidal, Luiz Ferreira da Silva, Carlos Alberto Alves da Rocha, Clarice Claudino da Silva, Maria Erotides Kneip, Luiz Carlos da Costa, João Ferreira Filho, Rondon Bassil Dower Filho e  Sebastião Barbosa Farias.

Os desembargadores Paulo da Cunha e Sebastião de Moraes Filho votaram a favor da soltura de Savi. A votação deverá ser retomada no dia 14 de junho, caso Savi não seja solto por meio de outra medida judicial. A defesa do parlamentar argumentou que não há motivos para que o deputado continue preso, pois sua prisão não tem requisito da “contemporaneidade”, devido aos crimes imputados terem ocorridos até agosto de 2014.

Operação Bônus

A “Operação Bônus” foi deflagrada pelo Naco (Núcleo de Ação de Competências Originárias) e pelos membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), que investiga um esquema de fraude, desvio e lavagem de dinheiro na ordem de R$ 30 milhões por meio de contrato do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) com a empresa EIG Mercados entre os anos de 2009 e 2015.

Parte desses valores, de acordo com investigações do Ministério Público Estadual (MPE), era repassada em forma de propina a políticos e empresários. O dinheiro era “lavado” pela Santos Treinamento – parceira da EIG no contrato – e por servidores da Assembleia, parentes e amigos dos investigados.

Também foram presos na operação, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o advogado Pedro Jorge Zamar Taques e os empresários José Kobori, Claudemir Pereira dos Santos e Roque Anildo Reinheimer.

Savi é apontado pelo MPE como um dos líderes do esquema, através de um contrato entre a EIG Mercados e o Detran. Além dele, foram denunciadas outras 57 pessoas, entre elas, deputados estaduais, ex-governador e empresários. Em uma das denúncias do MPE, Savi é acusado de receber quase R$ 4 milhões através do empresário Claudemir Pereira dos Santos, considerado pelo MPE como sendo “braço-direito” de Savi e antigo sócio da Santos Treinamento – parceira da EIG Mercados no contrato –, usada no esquema para a lavagem de dinheiro.

 

Fonte: O Documento

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