Racha no PSL é ‘briga de marido e mulher’ que traz insegurança às eleições, diz deputado

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O deputado estadual Silvio Favero afirmou que o racha entre o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar e parte dos integrantes da sigla, que resolveram colocar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) como líder do governo na Câmara Federal é uma “briga de marido e mulher”. O parlamentar acredita que tudo será resolvido em breve e teme que isso possa trazer insegurança para as eleições do ano que vem.

“Realmente, o PSL está passando um momento de instabilidade, mas acredito que já estamos nos acertando e, em breve, todos os líderes vão dar um pronunciamento. Está uma briga de marido e mulher, talvez até um pouco de vaidade, e nós temos que pensar no Brasil. Você vê que a reforma da previdência passou, independente desta briga toda que está tendo”, pontuou o deputado, que também é vice-presidente estadual do partido, em entrevista ao Olhar Direto.

Para Favero, Eduardo continuará como líder do governo na Câmara Federal e a situação deverá ser normalizada em breve.

Porém, o deputado teme que a situação traga insegurança para o pleito de 2020. “A gente não pode ser hipócrita. Deixa um pouco de insegurança, mas eu continuo fazendo filiações. Estive em Cáceres, Rondonópolis, e outras cidades. No final de semana estarei em Vera, Feliz Natal. Por enquanto, posso dizer para você que não afetou nada o PSL. Continuo fazendo filiações, o pessoal continua aderindo. Já estou com 30 prefeitos que aderiram ao PSL. Estou tendo mais ou menos 60 vereadores que estão vindo para a nossa sigla”, explicou.

Favero também disse não acreditar em debandada do partido, já que este é o momento de fortalecer. “O presidente [Jair] Bolsonaro deve permanecer. É uma pessoa que às vezes exalta um pouco, mas é o jeito dele ser. A gente tem que entender que estamos em um momento ímpar, um momento que o Brasil tem um presidente que a fala o que a população quer ouvir. Ele não tem papas na língua. Ele fala, goste quem gostar. É o jeito do presidente e alguns políticos antigos não estão acostumados com esse tipo de política. Então é isso que está tendo um pouco de atrito”.

“O presidente não está preocupado com sigla partidária. Está pensando em fazer o bem para o Brasil. Na eleição, a gente precisa ter um partido. Acabou aquela disputa. Agora, nós temos que pensar no Brasil. É o que o presidente da república está fazendo”, acrescentou o parlamentar.
Desde que a crise envolvendo Bolsonaro e Bivar se agravou, no início do mês, filiados de todos os estados estão divididos.

Em Mato Grosso, o presidente regional Nelson Barbudo disse que apoia Bivar e acredita em uma conciliação com o presidente da República, que não descarta sair do partido.

Nesse meio tempo, o foco do conflito esteve em Brasília (DF), na liderança da sigla na Câmara. Após um cabo-de-guerra entre os grupos ligados a Bivar e à família Bolsonaro, Eduardo foi escolhido para o posto. No dia seguinte, ele anunciou a desistência da embaixada brasileira em Washington, embora negasse que a conquista na Câmara tenha influenciado na decisão.

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