Foragido, funcionário ‘entregou’ roubo em fazenda; gerente saberia onde seis corpos estariam enterrados

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Foto: Divulgação - PJC
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O funcionário da fazenda Promissão, Francisco de Assis, conhecido como Bill, que se encontra foragido, foi quem teria repassado a informação de que aconteceria um roubo na propriedade localizada em União do Sul, no norte de Mato Grosso, onde seis pessoas foram mortas. Ele também seria um dos envolvidos na tentativa de roubo, mas se arrependeu e contou o plano ao patrão.

O gerente da fazenda, Luiz Baumgratz, conhecido como Alemão, teria tido conhecimento das seis mortes e localização dos corpos juntamente com o proprietário, Agenor Vicente Pelissa. Todos são alvos da ‘Operação Insídia’, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27), Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que apura o desaparecimento do grupo em abril deste ano.

As investigações apontam que o gerente e o patrão contribuíram para alteração do local do crime e para dificultar a resolução dos fatos trocando o veículo Ford Ranger de Agenor que estava com o PM Evandro dos Santos, logo após os fatos.  Por ser gerente, exerce cargo de confiança e tudo leva a crer que ele tenha conhecimento de provas ainda não colhidas, como a localização dos cadáveres dos desaparecidos.

Em coletiva de imprensa realizada na Diretoria da Polícia Civil, em Cuiabá, o delegado Frederico Murta afirmou que o grupo morto planejava assaltar a fazenda. “Um dos mortos trabalhava na fazenda. Alguns dos desaparecidos estariam planejando o roubo na fazenda. Não chegou a ocorrer, pelo que tudo indica”, afirmou.

O caso

As investigações apuram os fatos ocorridos no dia 18 de abril deste ano, em uma fazenda no município de União do Sul. Naquele local, foram encontrados diversos veículos com perfurações, estojos, munições, além de manchas de sangue e objetos pessoais, sem qualquer registro ou informação do que teria acontecido.

Após a realização de dezenas de diligências, perícias técnicas, buscas pelos corpos, oitivas de testemunhas e de pessoas envolvidas, as investigações apontaram para a execução de pelo menos seis pessoas, seguidas da ocultação dos respectivos cadáveres. Entre as vítimas está um funcionário da fazenda que trabalhava no local onde o fato ocorreu.

Além dos homicídios, são apurados outros possíveis crimes conexos, como cárcere privado, constituição de milícia privada, corrupção ativa e passiva.

As ações foram realizadas com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE), Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso, Polícia Civil do Estado de Tocantins e Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso.

As investigações seguem em andamento.

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