Secretário Bustamente diz que policiais penais não podem fazer greve e dispara “quem quiser, pode aspirar outra carreira”

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O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, afirmou à imprensa, na manhã desta sexta-feira (10), que os policiais penais estão inseridos no Artigo 144 da Constituição Federal e, por isso, não podem fazer greve. Ainda citou que o Estado fará novo concurso para segurança pública em breve e que, aqueles insatisfeitos com atual situação da categoria, podem aspirar outras carreiras. “Agora a realidade é: quem não está satisfeito, terá oportunidade em outro concurso, vai ter concurso agora”.anuniou Alexandre.

A fala do secretário é uma resposta aos policiais penais que declararam estado de greve, na última quarta-feira (8), reivindicando equiparação salarial com outras categorias da segurança. Os agentes realizaram, inclusive, manifestação nesta quinta-feira (9), em frente ao Palácio Paiaguás.

Na ocasião, três representantes do movimento grevista foram recebidos pelo vice-governador Otaviano Pivetta. No entanto, eles não chegaram a um acordo e a greve foi mantida.

Na manhã desta sexta, Bustamante respondeu o Olhar Direto sobre a situação dos penais e foi enfático ao dizer que a equiparação salarial reivindicada não se sustenta. Ele justificou o posicionamento do governo afirmando que as categorias da segurança são diferentes, com concursos distintos e produtos diversos.

“Qual trabalho que é igual? Risco? Mas o trabalho é igual? Não. São concursos diferentes, categorias diferentes, exigências diferentes. É tudo diferente […] Não precisamos falar em equiparação de PM, Civil, Bombeiro, sistema prisional. São trabalhos diferentes. Não tem um melhor que o outro, mas são propostas diferentes”, frisou.

O secretário também disse que não há negociação quando as partes agem sob pressão, muito menos em estado paredista, infringindo o Artigo 144 da Constituição Federal, que proíbe a polícia de fazer greve. “O governador está analisando o que será feito. Agora, se tiver movimento paredista que contraria decisões judiciais, o governo nem abre negociações”, pontuou.

Sobre as sanções aos paradistas, Bustamante afirmou elas são naturais, ainda mais embasadas na Constituição Federal, principalmente no artigo 144. “Pode ter os efeitos. E outra coisa, temos a categoria de 3 mil servidores e vamos ver quantos vão aderir e participar de qualquer movimento”.

Questionado sobre a recepção do governo à categoria na próxima terça-feira (14) para negociação dos pedidos, Bustamante disse que “Vamos esperar a movimentação deles. É igual jogo de xadrez, um movimento de um lado, um movimento de outro […] Tem que ter calma, não vamos resolver todos os problemas do mundo num mandato”.

Fonte: Olhar Direto

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