Histórico na política aponta que MT tem ‘tradição’ de não eleger mulheres para cargos principais

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CAMARA VG

Após 90 anos da conquista do voto feminino no Brasil e ter eleito uma mulher presidente por duas vezes após 121 anos da República, a representação feminina em cargos eletivos e nas estruturas partidárias permanece tímida e isso se reflete nas urnas em Mato Grosso.

Levando em consideração a eleição majoritária no Estado e nas duas maiores cidades, Cuiabá e Várzea Grande, nos últimos 20 anos (2002-2022), alcançaram sucesso apenas duas senadoras, uma prefeita por 2 mandatos, uma vice-governadora e uma vice-prefeita.

Aliás, Mato Grosso nunca elegeu uma mulher governadora. Apenas em 2002, uma mulher conquistou a cadeira de senadora do Estado, Serys Slhessarenko, pelo PT. Já Iraci França (PPS), que era a primeira-dama de Cuiabá, se tornou vice-governadora na chapa de Blairo Maggi (PPS).

Naquele ano, foram 5 candidaturas ao governo e nenhuma feminina. Já no Senado, além de Serys, também disputou Jacy Proença (PSB), porém, saiu derrotada.

Já nas eleições de 2004, em Cuiabá, houve 8 candidaturas masculinas para a prefeitura. Já as mulheres tiveram espaço em apenas 3 chapas, sendo que Jacy Proença (PSB) foi eleita vice-prefeita na chapa de Wilson Santos (PSDB).

No mesmo ano, em Várzea Grande, foram 3 candidaturas para a prefeitura e nenhuma mulher. Elas tiveram espaço apenas como vice, com duas candidaturas.

Já em 2006, de 8 candidaturas para o governo, apenas uma era feminina. Naquele ano, a senadora Serys Slhessarenko disputou o Palácio Paiaguás, sendo derrotada. Já para o Senado houve 3 candidaturas sendo do PCdoB (Prof. Janete), Psol (Cleuza Leite) e PHS (Gisela Guth). Houve também uma candidatura para vice do PSDB (Sineia Abreu).

Já nas eleições de 2008, Cuiabá e Várzea Grande continuaram sem candidaturas femininas para suas prefeituras. Já para vice, foram 3 em Cuiabá e uma na cidade vizinha.

O quadro se repetiu, mesmo em 2010, quando se elegeu Dilma Rousseff (PT), que se tornou a primeira mulher presidente da história do Brasil.

Enquanto Dilma era eleita, em Mato Grosso não tivemos nenhuma candidatura feminina ao governo, vice e ao Senado, elegendo assim 100% de homens.

Há 10 anos, em 2012, Cuiabá teve uma disputa para o seu comando com 6 candidaturas e nenhuma mulher. Já Várzea Grande teve 5 na disputa sendo uma mulher. Trata-se de Lucimar Campos (DEM), que 3 anos depois assumiu a cadeira de prefeita após a cassação de Walace Guimarães (MDB), e foi reeleita em 2016 com mais de 70% de aprovação.

Já em 2014, quando Dilma foi reeleita presidente, Mato Grosso chegou a ter uma candidatura ao governo. Porém, ela surgiu após a cassação da candidatura de José Riva (PSD). Com isso, sua esposa, Janete Riva (PSD) disputou o governo.

Já para vice, a ex-deputada Teté Bezerra (MDB) disputou pela chapa de Lúdio Cabral (PT). Já para o Senado, das 5 candidaturas nenhuma era de mulher.

Em 2016 Cuiabá chegou a ter uma mulher candidata à prefeita. Era a primeira senadora eleita do Estado, Serys Slhessarenko, que disputou pelo PRB, saindo derrotada. No mesmo ano, Jusci Ribeiro (PT) foi candidata a vice na chapa do ex-juiz Julier Sebastião (PT).

 

Fonte: Gazeta Digital

 

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