Ministério das Cidades: bom para Simone e bom para Lula?

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Assessoria
CAMARA VG

A questão do lugar a ser ocupado pela senadora Simone Tebet (MDB) no ministério do novo governo do presidente Lula é menos sobre qual pasta ela comandará, mas ver na prática quais condições do exercício político e administrativo estará em suas mãos. Colocamos a questão aqui dando como certo que ela acabará fazendo parte do governo Lula, apesar das forças contrárias no embate petismo x frente democrática. O PT não aceitará Tebet como protagonista no governo, mas sabe que tê-la fora do governo, liderando uma nova oposição, seria pior. Lula sabe que o problema imediato de ter Simone Tebet fora do seu governo é simbólico: o descarte de uma aliada fundamental na sua vitória contra Jair Bolsonaro representaria um duro golpe na imagem pública de um presidente que pretende liderar um governo democrático e de conciliação nacional.

 

As especulações de momento dão conta de que Lula nomeará Simone Tebet para o Ministério das Cidades, a ser recriado. No dia 1º de janeiro de 2003, no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi sancionada a lei que oficializa o Ministério das Cidades, com a finalidade de tratar da política de desenvolvimento urbano, contemplando a ausência de marcos institucionais para as políticas setoriais urbanas – habitação, saneamento e transporte. O Ministério das Cidades é considerado, também, uma resposta a antigas reivindicações dos movimentos sociais de luta pela reforma urbana.

 

O PT não aceitará Tebet como protagonista no governo, mas sabe que tê-la fora do governo, liderando uma nova oposição, seria pior.

A geografia urbana brasileira é um desafio para qualquer gestão. É preciso combater as desigualdades sociais, transformando as cidades em espaços mais humanizados, ampliando o acesso da população à moradia, ao saneamento e ao transporte. O Ministério das Cidades precisa traçar políticas para uma característica fundamental da geografia urbana no país: os aglomerados urbanos. Pensar o conjunto de cidades em conexão.

 

Um exemplo de Mato Grosso. A Baixada Cuiabana representa o nosso maior aglomerado urbano, com Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antonio de Leverger, Barão de Melgaço, entre outras cidades. Continuaremos a tratar de problemas comuns que exigem soluções comuns de modo apartado? E não é apenas uma questão de estrutura, mas de desenvolvimento econômico integrado, com projetos que atendam a população dos aglomerados urbanos. Articular este desenvolvimento integrado é parte da gestão do governo federal em parceria com as prefeituras e também com os governos estaduais.

 

Se não for uma simples volta ao passado, com ideias antigas e projetos limitados, o Ministério das Cidades poderá ser uma das pastas mais dinâmicas do novo governo Lula. E como a política não se apaga, em óbvio antes de 2026 teremos as eleições das cidades em 2024. Pensar as cidades de uma maneira mais criativa, com projetos ousados na soma do desenvolvimento econômico e social, poderá ser um bom desafio para a ministra Simone Tebet. Bom para ela, bom para ele.

FONTE:PNB ONLINE.

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