Ministério Público denuncia servidoras da Saúde de Cuiabá por inserirem medicamentos ‘fantasmas’ no sistema

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Davi Valle
ALMT TRANSPARENCIA

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou as servidoras Jussiane Beatriz Perotto e Raquell Proença Arantes por inserirem dados falsos no sistema de gerenciamento de estoque da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).

A denúncia foi feita na última sexta-feira (24) e assinada pelo promotor Carlos Roberto Zarour Cesar, com base em investigação da Polícia Civil que desencadeou a Operação Hypnos. As apurações expuseram esquema de mais R$ 3,2 milhões na Saúde.

De acordo com o MPMT, Raquell e Jussiane registravam notas fiscais e constatavam o recebimento de medicamentos que, ao que tudo indica, nunca foram entregues. Raquell era a servidora responsável por registrar a aquisição do medicamento. Ela era chefe da central de abastecimento de farmácia da ECSP.

 

“A denunciada, agindo de forma livre e consciente, em unidade de ações e desígnios com o grupo criminoso, valendo-se de sua condição de chefe da central de abastecimento de farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, inseriu, por duas vezes, dados falsos no sistema, com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem”, detalha a denúncia.

Conforme a denúncia, Raquell emitiu dados falsos no sistema da farmácia da entrada de medicamentos fornecidos pela Remocenter Serviços Médicos, apontada como empresa fantasma, por duas vezes. Com o Midazolan, um dos remédios ‘adquiridos’, foram gastos mais de R$ 1 milhão na suposta compra.

Em outra nota fiscal lançada pela servidora, foi identificado que o processo do pagamento não foi identificado. “Corroborando os indícios da prática do crime de inserção de dados falsos no Sistema TI, conforme exaustivamente descrito nos tópicos anteriores, a empresa Remocenter não possuía registro de entrada no estoque do medicamento Midozalan”, diz trecho.

Jussiane era a servidora responsável pelo recebimento dos medicamentos, pela conferência dos medicamentos e pelo atesto da nota fiscal. Ela também registrou por duas vezes a entrada de medicamentos adquiridos com a Remocenter.

Segundo a investigação, os remédios nunca chegaram a ser entregues à Empresa Cuiabana.

Denúncia

A denúncia foi feita na última sexta-feira (24) e assinada pelo promotor Carlos Roberto Zarour Cesar com base em investigação da Polícia Civil que desencadeou a Operação Hypnos. As apurações expuseram esquema de mais R$ 3,2 milhões na Saúde.

Além delas, também foram denunciados o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, seu cunhado, João Batista de Deus Júnior; Eduardo Pereira Vasconcelos; Maurício Miranda de Mello; João Bosco da Silva; Gilmar Fortunato; Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva e João Victor Silva.

Os denunciados devem responder por diversos crimes, entre eles: associação criminosa, peculato majorado, contratação direta indevida, falsidade ideológica e lavagem de capitais.

FONTE:REPÒRTER MT.

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