A operação cumpre 54 ordens judiciais para descapitalizar um grupo que movimentava R$ 65 milhões em ações criminosas

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

A Polícia Civil de Mato Grosso iniciou nesta manhã a Operação Apito Final para desarranjar um esquema de lavagem de capitais criado por integrantes de uma organização criminosa em Cuiabá. São cumpridos 25 mandados de detenção e 29 mandados de busca e apreensão, além da invalidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos indivíduos investigados.

Os mandados judiciais foram concedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital e são cumpridos nas cidades de Cuiabá, Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos (MT) e Maceió (AL)

Durante dois anos, a investigação da GCCO revelou que o principal alvo, que recentemente foi libertado, utilizava diversos indivíduos – como parentes, amigos e advogados que atuem como “laranjas” – para adquirir imóveis, adquirir veículos e vender veículos.

O esquema criminoso investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) faz parte do planejamento operacional da Polícia Civil para identificar e descapitalizar o patrimônio adquirido por membros de uma organização criminosa que atua em Mato Grosso.

A operação envolve 150 policiais civis de delegacias da Diretoria de Atividades Especiais e da Diretoria Metropolitana, com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial de Sergipe.

Movimentação de R$ 65 milhões

Com o objetivo de realizar uma investigação minuciosa, que envolveu diversas fontes de dados, relatórios e imagens, a GCCO se deparou um amplo esquema de lavagem de dinheiro, que movimentou R$ 65.933.338,00 milhões durante o período investigado.

A investigação teve início após a unidade especializada ter descoberto que o principal alvo da ação, que é o tráfico de drogas no Jardim Florianópolis, se tornou tesoureiro da organização criminosa. Liderando o grupo, ele adquiriu diversos bens imóveis e veículos com valores obtidos com as práticas criminosas. O dinheiro era depositado em contas bancárias e, depois, convertido em ativos ilícitos para dissimular e esconder a origem ilícita dos valores.

Além da vultosa movimentação bancária, a investigação da Polícia Civil identificou a aquisição de diversos terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na capital, todos em nome de “testas de ferro”, mas diretamente ligados ao alvo principal da investigação. Também foram descobertas as aquisições de carros com a utilização de garagens na compra e venda, como forma de dissimular a posse e propriedade dos carros.

Prisões em Maceió

Quatro detentos da Operação Apito Final foram detidos na capital do estado de Alagoas, entre eles o líder da organização criminosa. Paulo Witer Farias Paelo, Alex Júnior Santos de Alencar, Andrew Nickolas Marques dos Santos e Tayrone Junior Fernandes de Souza foram detidos na sexta-feira, dia 29 de março, durante uma partida de futebol em Maceió.

O quinto alvo da ação, um advogado e membro da organização criminosa que viajou para Alagoas para prestar assistência jurídica ao seu cliente, foi detido nesta terça-feira (02.04).

A realização das detenções em Alagoas foi apoiada pela Diretoria de Inteligência e DRACCO, juntamente com a Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil em Maceió, e pelo Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública de Mato Grosso (Ciopaer).

 

 

Fonte: Informações/ PJC-MT