Advogada acusa ex-marido delegado de espancá-la em MT

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ALMT TRANSPARENCIA

A advogada Maíra Moura Soares Neves, de 40 anos, procurou a Polícia Civil de Cuiabá para denunciar o ex-marido Waner dos Santos Neves, de 37 anos – que é delegado em Sapezal. Ela o acusa de tê-la espancado por diversas vezes durante o relacionamento, que durou cerca de três anos.

Em entrevista ao MidiaNews, a mulher relatou que criou coragem para fugir da casa onde morava com o policial, em novembro de 2017, e veio para a Capital a fim de denunciar o caso na Delegacia Especializada na Defesa da Mulher.

“Já tinha acontecido anteriormente, mas essa foi a primeira vez que fiz uma denúncia contra ele. Ele não aceitava o fim do nosso relacionamento e um dia decidi sair e nunca mais voltar. Foi quando dei uma desculpa falando que iria a uma audiência em Barra do Bugres, no dia 21 de setembro. Então saí de casa e não voltei mais”.

A mulher ainda contou que atualmente está morando na casa de amigos porque tem medo de voltar para Sapezal.

“Eu registrei o B.O. em Cuiabá porque não adiantava registrar na regional dele, que é Tangará da Serra. Então registrei aqui. O meu maior medo é que preciso voltar para Sapezal, porque passei em um processo seletivo para juíza leiga lá”, relatou.

No boletim de ocorrência elaborado na Delegacia da Mulher em Cuiabá, a advogada contou que a última agressão a deixou com diversos hematomas por todo o corpo.

“Narra a comunicante, vítima e esposa do autor, que outrante todo o período de relacionamento, sofreu agressões físicas e morais, sendo que, especificamente na data dos fatos [05/05/2017], em que o suspeito veio a agredi-la, com chutes, socos, tapas, deixando diversas lesões pelo corpo, inclusive fratura de uma costela”, diz trecho do BO.

Um atestado médico elaborado cinco dias após o fato, no dia 10 de maio, relatou que a advogada teve hematomas na cabeça, tórax e nos membros inferiores, provenientes de espancamento.

Ela já tem inclusive uma medida protetiva contra o delegado, que deve manter uma distancia mínima de 1 quilômetro dela.

Um inquérito também já foi instaurado na Capital, que está sendo comandado pela delegada Jorzilethe Magalhães, titular da Delegacia de Defesa das Mulheres.

Embora as agressões tenham ocorrido no ano passado, a advogada diz que decidiu torná-las públicas agora por incentivo de uma ong que atua em defesa de mulheres vítimas de violência doméstica. Ela também disse que divulgar o caso é uma forma de se sentir mais segura.

 

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o delegado Waner, que negou todas as acusações e afirmou que a ex-mulher está querendo chantageá-lo por não aceitar o fim do relacionamento.

"Isso nunca aconteceu. Eu estou sabendo tudo pela mídia. E infelizmente não posso me defender. Fui notificado somente da medida protetiva e o procedimento está em segredo de justiça. Infelizmente ela tem divulgado fatos que são inverídicos para me atingir pessoalmente".

"Quando for notificado, com certeza eu vou responder e provar que sou inocente. Eu nunca a agredi. Ela está fazendo isso pra me chantagear porque ficou com raiva depois da separação. Eu, sinceramente, não sei por que ela está fazendo isso. É um absurdo e infelizmente eu estou passando por isso.", contou.

Midia News.

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