“Parece cunhado folgado, quebrado e que não paga as contas”

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CAMARA VG

"Parece aquele cunhado folgado. Vocês já viram cunhado folgado? Muita gente tem". A declaração é do governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição, e foi usada ao se referir ao seu rival Mauro Mendes (DEM).

Ele fez a analogia ao rebater as críticas de Mendes em relação ao número de servidores na máquina do Estado que, segundo ele, está inchada.

"Muita gente tem cunhado folgado. Ele chega atrasado ao almoço de domingo, reclama da comida. Dá ideias fantásticas, não paga o almoço, é um quebrado que não paga as próprias contas. Esse é o cunhado folgado. (O Mauro) Parece isso", disse.

Ele acusou o adversário de agir com “oportunismo político” e “má-fé”. Segundo Taques, a vitória de Mendes significa um retorno ao passado, já que velhos caciques da política voltariam a influenciar a gestão, como os ex-governadores Carlos Bezerra (MDB), Júlio Campos e Jaime Campos, ambos do DEM.

“Algumas pessoas dizem: ‘Pedro, mas tem muita gente do lado de lá. Não fica pesado?’. É pesado mesmo. Quase que o palanque caiu na convenção, né? Imagina quantas pessoas para entrar no Estado? É uma boca grande que fica”, ironizou.

Durante a entrevista, Taques também falou sobre as acusações de caixa-dois feitas pelo empresário Alan Malouf, da “grampolândia pantaneira”, da prisão de seu primo, o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, das realizações e dificuldades de sua gestão.

Confira os principais trechos da entrevista:

MidiaNews – Qual análise o senhor faz desse início de campanha, com as candidaturas postas?

Pedro Taques – Está será uma campanha diferenciada em vários sentidos. Primeiro, que o cidadão está impaciente, algumas vezes até intolerante, de saco cheio com a política, com os políticos, notadamente aqueles que estão no poder. Isso é fato! Em razão da crise econômica, muito forte, e da crise política. Nós tivemos um impeachment de uma presidente da República. Então, teremos uma campanha diferente nesse ponto. Se já existia isso no passado – e reconheço que existia –, agora está maior. E isso repercute nas pesquisas. Muitas pessoas descrentes, não querendo votar, querendo anular o voto. As pesquisas mostram que o número de pessoas sem candidato é muito alto ainda.

Segundo ponto, a campanha é curta. Tínhamos, em tese, seis meses para fazer uma campanha: três meses de pré-campanha e três meses fazendo campanha nas ruas, com santinhos. Agora, são 45 dias. Nós estamos a cerca de 50 dias da eleição e você não vê movimento nas ruas sobre isso. Penso que seja uma repercussão dessa primeira característica. Além disso, é uma campanha sem dinheiro, e é bom que assim seja. E isso é uma oportunidade aos candidatos que, como eu, não têm dinheiro. Eu sou servidor público, que não roubei para guardar dinheiro para campanha. Teremos a mesma oportunidade de candidatos milionários, de grupos milionários.

Algumas pessoas perguntam se eu guardei um dinheirinho para campanha, se fiz um caixa para campanha. Eu não fiz isso. Não fiz chantagem com empresário, não pedi dinheiro para quem quer que seja. Não fiz isso. Não me preparei do ponto de vista econômico para a campanha. Até porque se eu fizesse isso, seria crime. Não pedi dinheiro para ninguém. Por isso, esta campanha, o povo brasileiro, não só o mato-grossense, vai ter que entender que vai ser diferente. E os políticos também terão que ser diferentes. Eu não farei o diabo para ser reeleito. Não mamarei em onça, que está naquela ilha de Cáceres. Tenho dito que o tamanho da festa será o tamanho do patrocínio. Se gastamos, registrados, na campanha passada R$ 30 milhões, nesta aqui serão R$ 5,7 milhões. Vai ter que ser desta forma e é bom que assim seja, porque você vai buscar militantes, vai buscar apoiadores.

Outra característica desta eleição é de que as redes, não só as sociais, como Facebook, Instagram, Twitter, terão uma força muito grande – nos Estados Unidos, na última eleição, isso foi muito forte –, mas também as redes de apoiadores. Por exemplo, eu tenho amigos em Santa Cruz do Xingu, em Santa Terezinha, que é o município mais longe de Cuiabá. Essas pessoas é que levarão o seu nome, mostrarão o que você fez, o que não fez, porque não fez e o que ainda deseja fazer.

Os grupos estão formados e o cidadão está vendo. Nós temos um grupo de oposição, que é capitaneada pelo Wellington Fagundes. Ele sempre foi oposição. E um grupo dissidente do que eu estava. Eu estou no mesmo lugar. Esse grupo dissidente se juntou com aqueles que administravam o Estado no passado. Isso é fato. Se você olhar os grupo políticos que estão se formando, o nosso grupo político é um grupo que ficou no mesmo lugar, outros é que saíram em uma dissidência. Esses outros se aliaram a grupos do passado, que querem voltar a administrar. É legítimo ou não é? Isso, não sei. Quem vai dizer é o cidadão, eleitor. Então, estamos preparando a campanha com essas características, sem mentir ao eleitor.

O que eu vou dizer nesta campanha? O que eu fiz. Não fiz tudo. O que não fiz e por que não fiz. E, por fim, o que faremos. Agora, tenho certeza que o cidadão, nos últimos três anos e meio, não fez tudo o que desejou. O empresário mandou embora quantos funcionários? Eu tenho amigos que têm empresas com 30 filiais, de lojas, e tinham projeto de chegar a 40, mas voltaram para 25, cortaram custos. E nós fizemos tudo isso durante a nossa administração.

Algumas pessoas não gostam de falar disso. Dizem que não se pode olhar para o passado. Mas eu quero olhar para o passado, porque ele não pode voltar. Se você esquecer o passado, pode cometer os mesmos erros no futuro. Algumas pessoas não acreditam, mas o Estado de Mato Grosso foi desmontado por uma quadrilha. Não estou dizendo metaforicamente. Estou dizendo literalmente. Isso foi confessado, têm delações a respeito disso. Mais do que delações, têm condenações a respeito disso.

Somado a esses dois pontos, não fizemos tudo. Agora, tem muito que fizemos e isso vamos mostrar em todas as falas, todos os problemas e também mostrar o que ainda teremos como consequência dos trabalhos de gestão que fizemos. E o que poderemos fazer daí para frente.

O que eu noto é a crítica de algumas pessoas que perderam a boquinha, que perderam o leitinho no Estado. Algumas pessoas que, às vezes, o Estado está devendo em razão de fornecedores. Algumas pessoas com ódio do Pedro Taques, diferente do que tinham com Silval. Não tinham ódio do Silval. Algumas pessoas que não tiveram o seu sonho concretizado, vamos falar assim. Um ódio em relação a mim, um ódio em relação à minha família. A minha família é simples, de servidores. Não tem pessoas bilionárias na minha família. São pessoas simples. Um ódio que não tinham em relação ao governo passado. Não tinha. Aliás, estão até juntos neste momento. Isso é importante para mostrar o momento histórico que o Brasil vive. E eu estou tranquilo em relação a isso. Eu sou o mesmo governador de quando assumi. Sou o mesmo de quando fui senador e de quando fui procurador.

O meu patrimônio é o mesmo, até diminuiu. Tenho os mesmos amigos. Algumas pessoas que estavam comigo mudaram de lado, sim. Mas meus amigos são os mesmos. Algumas pessoas pensavam, quando fui eleito, que por ter me ajudado, mandariam em mim. E eu tenho a minha personalidade. Eu dialogo, converso e tenho conversado com vários segmentos. E não é só de agora, na eleição, não é oportunismo. Não apareci só agora. Aliás, eu converso com o cidadão, através do Facebook, desde 2010, converso com o cidadão pelo Instagram desde que foi criado. Eu não criei minhas redes sociais só no momento de campanha. Não sou oportunista. Nós dialogamos com o cidadão, fiz várias lives. Mas quem tem que decidir é o governador.

MidiaNews – O senhor atribui a dissidência no seu grupo a que fatos?

Pedro Taques – Eu devo ter cometido erros, e todos cometemos erros, que eles não compreenderam. Mas eu chamei para conversar, pedi opinião, ouvi. Agora, no momento de dificuldade, você vai perdendo alguns. Alguns ficam para trás, outros abandonam o barco, outros têm novos interesses, até legítimos, outros querem chegar ao poder mais rápido, não podem esperar. Isso faz parte da política, é absolutamente normal. Eu não, tenho lealdade. Aliás, muita gente da classe política nunca foi apaixonada por mim. Nem na eleição de 2010, na de 2014 e nem agora. Isso é fato. Mas tenho vários amigos na política, tenho prefeitos me apoiando, vereadores, deputados. Mas uma parte da classe política não é chegada em mim. Todo mundo sabe disso. Aí as pessoas vão se encaixando em todos os lugares.

Pedro Taques 09-08-2018

MidiaNews – Mas não é curioso que quase todos que estavam em seu entorno, na coordenação da sua campanha passada, tenham se afastado?

Pedro Taques – Todos quem? O vice-governador, sim. O Mauro Mendes não estava na campanha.

MidiaNews – Ele não foi um dos coordenadores?

Pedro Taques – Ele coordenou pro forma, mas quem fez tudo não foi ele. Me parece que ele apareceu no programa eleitoral uma única vez.

MidiaNews – Mas vocês estavam juntos, tanto que o senhor apoiou a gestão dele.

Pedro Taques – Eu o ajudei nos últimos dois anos da gestão dele porque tenho que ajudar o povo de Cuiabá, independente de quem é o prefeito. Como ajudamos em Várzea Grande, em Rondonópolis, em Sinop e em outros municípios, independente de prefeito. Inclusive, um dos erros que dizem que cometi foi esse: receber todo mundo, independente de partido político.

Outros que saíram: o Otaviano Pivetta foi, sim, o coordenador da minha campanha. Já o senador Jaime Campos abandonou minha campanha, deixou de ser candidato.

MidiaNews – Mas virou aliado do Governo.

Pedro Taques – Sim, virou aliado do Governo. Agora, independente de ser aliado ou não, eu ajudei muito em Várzea Grande. Nós ajudamos muito lá. Qual a grande obra estruturante que foi feita lá nos últimos governos? Nós estamos duplicando a Filinto Müller. São 40 bairros, R$ 24 milhões. E quem está fazendo isso é o Governo do Estado. A parceria com o Município existe, mas nós estamos colocando quase R$ 20 milhões. Esta semana liberamos R$ 1,8 milhão. Uma parte não terminou, porque o Município não fez a desapropriação. Reconstruímos a Avenida da FEB, junto com o Município. Fizemos um Ganha Tempo no shopping de lá. Temos, no Cristo Rei, o novo Detran. Aumentamos o repasse para o Pronto-Socorro de Várzea Grande. Agora, eu não sou prefeito. Não cabe ao governador resolver todos os problemas do Município.

MidiaNews – Trabalha com o cenário de dois turnos na campanha?

Pedro Taques – Temos cinco candidatos. São todos fortes, importantes. Alguns já ganharam a eleição antes da apuração. Nós vamos fazer a campanha para ganhar a eleição, seja no primeiro ou no segundo turno. Temos todas as condições de fazer isso. Numericamente é uma eleição de segundo turno. Vai ser uma eleição difícil, como todas as eleições. Mas é uma eleição diferente.

MidiaNews – Trabalha mais com a possibilidade de enfrentar Mauro Mendes no segundo turno?

Pedro Taques – Quem desejar ser governador de Mato Grosso não escolhe adversários. Escolhe os aliados leais que estarão com eles.

MidiaNews – O senhor tem trabalhado um conceito bem-sucedido no projeto de reeleição do ex-governador Dante de Oliveira, que é a "casa arrumada". Como deve ser uma eventual segunda gestão de Pedro Taques? Seria mais fácil?

Pedro Taques – Eu rezo a Deus que seja mais fácil. Com mais possibilidades de realizações. Sou otimista. O próximo governador de todos os Estados do Brasil terá dificuldade. Porque não vai resolver todos os problemas do Estado em um ano. Especialmente um Estado como o nosso, que foi roubado, com secretarias desconstruídas. Isso é fato. As contas públicas ainda estão em dificuldades no Brasil todo. A Emenda Constitucional do Teto estabelece a receita, só falta cumprirmos as receita. Mas isso também depende de algumas reformas nacionais. Ainda existem reformas a serem feitas, mas as principais são nacionais. Mesmo assim tenho a convicção de que o próximo mandato será bem melhor que este mandato.

MidiaNews – O senhor vai ficar desapontado caso não se reeleja?

Pedro Taques – Nós vamos ganhar as eleições. Se for por vontade de Deus e do povo, vamos ganhar as eleições. Eu não pensei nessa possibilidade, mas somos democratas. O povo é quem está certo sempre.

MidiaNews – Como avalia que vai ser o nível da campanha este ano? Acha que vai ser muito atacado?

Pedro Taques – Quem controla a equipe é o candidato. Eu não vou fazer baixaria. Mas apanho todo dia. Hoje [dia 8] colocaram minha mãe. Ela tem 83 anos, está aposentada há 35 anos. Mas quero olhar para frente. Não vou entrar nesse tipo de baixaria. Vou falar o que fiz, o que não fiz, porque não fiz e o que quero fazer. Vou falar porque quero continuar sendo governador de Mato Grosso. Eu estou credenciado para isso, porque fizemos bastante. Mas é o povo que vai decidir. Estou totalmente preparado. Não devo nada, não tenho medo do meu passado e não temo meu futuro.

O que precisamos fazer é com que chegue às pessoas o que fizemos. Algumas pessoas têm um ódio em relação a mim, até desmedido. Algumas pessoas para quem nunca fiz nada.

MidiaNews – Quem? Mauro Mendes?

Pedro Taques – Não. Não quero citar nomes. Quero que o Mauro Mendes seja feliz na vida dele. Não desejo o mal para ninguém.

MidiaNews – Se sente traído por ele?

Pedro Taques – Nem um pouco. Eu cumpri a minha parte. Os meus compromissos, eu os saldo. Eu cumpri a minha parte. Mas se ele entendeu assim… Ele quer chegar ao poder.

MidiaNews – E em relação ao ex-vice-governador Carlos Fávaro, vê algum tipo de traição?

Pedro Taques – Eu não vou falar mal de quem quer que seja. O cidadão vai fazer o julgamento. A política adora a traição, mas odeia o traidor. Isso vai ser julgado pelo cidadão. Como é possível alguém ficar no Governo três anos e seis meses e depois dizer que não participou do Governo? Isso o cidadão vai julgar.

MidiaNews – Há uma certa ingratidão?

Pedro Taques – Eu não tenho esses sentimentos. Sou filho de uma professora, de um trabalhador que tem uma propriedade de cinco hectares, que estudou com dificuldades. Toda a minha vida foi feita com dificuldades. Eu passava necessidade em São Paulo nos últimos anos de faculdade, porque o governo que minha mãe servia atrasou em quatro meses a folha de pagamento.

Acho que foi o Governo Jaime Campos. Coincidência. Eu não atrasei salário. Mas eu não quero falar do [Carlos] Bezerra, do Jaime. Eles vão ter que mostrar o que eles fizeram. Mas a minha vida toda foi feita com sacrifícios. Fui procurador da República e combati o crime organizado. Como governador, a mesma coisa, não desvirtuei. As pessoas me conhecem e vão ter que votar em quem acha que é o melhor para Mato Grosso.

MidiaNews – Fazendo uma autocrítica, não acredita que essa dissidência se deve ao temperamento do senhor, à personalidade? Em nenhum momento se arrependeu de ter perdido esses companheiros?

Pedro Taques – Temperamento é coisa de psiquiatra, não da política. Eu sou dessa forma. Posso ter cometido erros em relação a isso, não queria perder companheiros. Mas posso ter cometido, sim, erros. Quem não comete erros? Mas não só eu cometi erros. Outras pessoas também cometeram. Na política temos que ciscar para dentro, não para fora. Infelizmente, nessa construção, fiquei focado no Governo. Muitos desses dissidentes foram chamados para serem secretários da Casa Civil no primeiro mês de Governo. Também para secretário de Fazenda, de Desenvolvimento, não aceitaram.

MidiaNews – Queriam mandar por fora?

Pedro Taques – Não quero fazer esse juízo. Quero falar do futuro, não do que ficou para trás. Essas pessoas que hoje não me apoiam devem ter seus motivos. E a elas deve ser perguntado. Falam que eu errei, mas não falam em que eu errei. Errei em manter o ganho salarial dos professores? Se isso é errar, quero continuar a errar. Fiz isso para que os alunos tenham uma escola de qualidade. Pensei em você. Pensei nos profissionais da educação, na qualidade do ensino, que aliás, melhorou e muito. Não em razão do que o governador fez, em razão dos profissionais. Agora, o governador deu condições para que isso ocorresse. Quarenta e nove por cento de ganho real em 3 anos e meio não é para qualquer Estado. E nós fizemos isso, porque acredito na Educação. Hoje os professores recebem o terceiro, quase segundo, melhor salário do País. E dizem que eu errei.

Dizem também que errei quando chamamos 3.663 novos membros da Segurança, mas imaginem o Estado sem esses 3.663 novos profissionais da Segurança. Isso significa que 27% de todo efetivo da polícia nós que chamamos. Mas o importante não é o que foi feito, nem como foi feito com a dificuldade. O importante é porque foi feito, para que as pessoas pudessem ter mais tranquilidade. E com esses novos policiais, fizemos com que os índices de criminalidade caíssem no Estado. Precisamos, sim, melhorar ainda mais a Educação, a Segurança, esse é o projeto de futuro. Mas não posso ser criticado pelo que não fiz, ser criticado pelo que fiz e não poder falar o que fiz. Nós fizemos isso, mas precisamos fazer mais, tenho a certeza disso.

MidiaNews – Uma das críticas dos adversários, entre eles o Mauro Mendes, é de que o senhor inchou a máquina pública. Qual a quantidade de comissionados?

Pedro Taques – Isso é desconhecimento, má-fé ou oportunismo político. Parece aquele cunhado folgado. Vocês já viram cunhado folgado? Muita gente tem cunhado folgado. Ele chega atrasado ao almoço de domingo, reclama da comida, dá ideias fantásticas, não paga o almoço, é um quebrado que não paga as próprias contas. Esse é o cunhado folgado. Parece isso. Então é o total desconhecimento.

Nós temos o menor número de comissionados da história de Mato Grosso. São 1,5 mil exclusivamente comissionados. Temos 70 mil servidores na ativa. Deste total, 40 mil são da Educação. Vai querer mandar professor embora? Nós fizemos concurso para 5,7 mil vagas. Substituímos um professor concursado no lugar de dois contratados. Nós enxugamos a máquina. Temos, ainda, 15 mil profissionais da Segurança. Assim, chegamos a 55 mil servidores. Temos ainda 5 mil da Saúde. Existe uma ação do MPE que pede mais servidores para Saúde. E temos os 1,5 mil exclusivamente comissionados. E vai diminuir o tamanho do Estado? Eu defendo a proposta do deputado Nilson Leitão, nosso candidato ao Senado junto com a Selma Arruda, que temos que diminuir o número de deputados federais, de senadores e isso chegar às Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais. Diminuir o tamanho do Estado, do Executivo, Legislativo e Judiciário. Fazer uma reforma administrativa nacional.  

Mas quando se fala em diminuir o tamanho do Estado, tem que saber onde vai diminuir. Nós, em três anos e meio, economizamos mais de R$ 1 bilhão. O [aplicativo] Mira Cidadão tem todas as contas do Estado. Diminuímos em 50% o gasto de combustível para viaturas. Os policiais que desviavam combustível? Lógico que não. Quem desviada combustível era a administração do MDB, que quer voltar.

MidiaNews – O senhor disse que o grupo dissidente se juntou ao grupo do passado, que quer voltar. Quem é esse grupo do passado?

Pedro Taques – Todos os ex-governadores estão para o lado de lá.

MidiaNews – O senhor quer dizer que isso significa um risco?

Pedro Taques – Isso significa que o cidadão vai ter que escolher. Vai ter que escolher entre o passado ou seguir em frente. A democracia é importante por isso. Ainda bem que temos democracia. Algumas pessoas dizem: ‘Pedro, mas tem muita gente do lado de lá. Não fica pesado?’. É pesado mesmo. Quase que o palanque caiu na convenção, né? É pesado mesmo. É uma coisa pesada. Imagina quantas pessoas para entrar no Estado? É uma boca grande que fica. Isso cabe ao cidadão fazer esse julgamento. A democracia é boa por isso. Porque os males da democracia combatemos com mais democracia. Precisamos de eleições. Precisamos que o cidadão entenda que nós não fizemos tudo, mas podemos fazer mais. Se nós erramos, é um julgamento. Agora, nós queremos seguir em frente e tem que gente que não quer seguir em frente.

MidiaNews – Caso esse grupo tome o poder, o senhor acha que há um risco de Mato Grosso voltar a um passado sombrio de corrupção, desmandos?

Pedro Taques – Eu entendo que sim. Houve corrupção no meu governo? Houve. O caso da Seduc é a demonstração disso. Agora, é um caso grave, foi investigado, processado, os acusados têm direito a defesa e contraditório e eu defendo isso para todos. Então, têm processos sobre isso, as pessoas estão se defendendo. Se fosse R$ 1 era grave, mas temos que falar a verdade. Não foram R$ 56 milhões. A Controladoria e a Seduc já demonstraram que o valor, em tese, que o Estado perdeu beira R$ 500 mil. Mas não quero minimizar isso. Se for R$ 1 é grave.

Houve corrupção no Detran? Na nossa administração, eu determinei que os contratos do Detran fossem repactuados e foram. Temos uma nota que dá todos os passos, o MidiaNews publicou essa nota. O ex-secretário Rogers foi ao MPE, foi ao TCE, tem atas sobre isso, solicitando o rompimento do contrato. Tem uma ação do MPE, que eles não ganharam, para romper o contrato. Nós diminuímos o valor disso e do lacre.

MidiaNews – Não podia ter rescindido esse contrato antes, quando começaram as denúncias da delação do ex-presidente do Detran-MT, Teodoro Lopes, o “Dóia”?

Pedro Taques – Ele fala, mas não tinha comprovação alguma sobre isso. Não tinha nada. Eu não tinha acesso a isso. As providências foram tomadas em abril de 2015. O então presidente do Detran, Rogers [Jarbas], tomou todas as providências. Houve, agora, a operação que o ex-chefe da Casa Civil [Paulo Taques] está preso, mas qual o ato que eu pratiquei? Eu, Pedro Taques? Eu tive a pachorra de ler todos os documentos. Não tem nenhum ato que eu tenha praticado. Ele [Paulo Taques] vai fazer a defesa dele, tem direito constitucional a isso. Não me cabe julgar as pessoas. Eu não vou fazer isso. Agora, qual o outro ato de corrupção que teve em nosso governo?

Eu acredito que sejam dois fatos isolados. Mas se você tem 70 mil servidores, e na sua esmagadora maioria são pessoas que acordam cedo, trabalham, voltam para casa, mas como vou controlar 70 mil pessoas? Então, quando falam atos de corrupção no nosso governo me cite atos de corrupção, além desses dois?

MidiaNews – O candidato Mauro Mendes já usou o fato de o senhor ter dois primos presos para dizer que não dá para adotar mais um discurso de combate à corrupção como fez na primeira campanha. Como vê isso?

Pedro Taques – Vejo isso com olhos de quem vê um oportunista falando. Um oportunista. Pessoas que já passaram por situações, muitas vezes, constrangedoras como ele falando isso. Como quando teve uma busca e apreensão na casa dele e dentro do gabinete dele na Prefeitura, durante a Operação Ararath, eu liguei para ele. Eu era senador. Liguei e falei do contraditório, da ampla defesa, que ele ia resolver, que ele tem direito a defesa. O inquérito contra ele foi arquivado. Eu liguei para ele. Como ele pode julgar as pessoas dessa forma? Aliás, ele tem processo por fraudar a Justiça. Já afastou dois juízes. Não há nada mais difícil no Brasil que afastar juiz.

O caso do apartamento. Ele e o Pascoal [Santullo Neto]. O apartamento fraudado, execução na Justiça Trabalhista. Um juiz foi afastado. O outro é o caso da mineração, em que outro juiz foi afastado. Acha que o tribunal afasta juiz à toa? Aí tem alguma coisa e isso precisa ser demonstrado. Falar que não posso defender um Estado sem corrupção é oportunismo, desconhecimento dele ou está me medindo pela régua dele.

MidiaNews – O Paulo Taques exercia a segunda função mais importante no Governo. Era o braço direito do senhor.

Pedro Taques – A segunda é o vice.

Pedro Taques 09-08-2018

MidiaNews – Sim, mas entre os secretários ele era o mais importante. Seu primo, foi uma escolha pessoal, era da sua cozinha, dizem que ele não fazia nada sem que o senhor tivesse conhecimento, inclusive que o senhor saberia desses casos.

Pedro Taques – O Mauro Mendes está me acusando de alguma coisa? Tem que ter a coragem de me acusar. Mas eu não quero falar para o Mauro Mendes, quero falar para o cidadão. O cidadão me conhece, tenho o mesmo patrimônio. Sou governador e não faço da minha função um bico, não tenho empresa para recuperar, para salvar. E o cidadão vai ter que fazer uma escolha.

MidiaNews – Sente-se à vontade e com legitimidade para discursar contra corrupção da mesma maneira que fez em 2014?

Pedro Taques – Totalmente. Eu não fiz nada de errado. Eu não tenho compromisso com o erro. Eu não fiz nada de errado. É lógico que esses casos deixam você um pouco triste, porque ocorreu, mas eu não fiz nada para impedir as investigações. Tomei as providências no momento correto, fiz tudo que estava sob meu alcance.

MidiaNews – Se arrepende da nomeação do Paulo Taques?

Pedro Taques – Eu não tenho exercício de adivinhação. Não posso adivinhar o que o cidadão vai fazer no futuro. As pessoas acham que o govenador sabe tudo o que ocorre. Tudo! Esse tema precisa, sim, ser discutido nesta campanha e vai ser discutido com total tranquilidade. Mas também vamos falar o que nosso grupo político representa e o que outros grupos políticos representam. E esses outros grupos vão fazer o que por Mato Grosso?

MidiaNews – Acredita que a opinião pública ainda tem hoje a mesma percepção sobre o senhor que tinha em 2014?

Pedro Taques – O ato de você exercer o poder cria desgaste. Isso é fato. Agora, se você não desejar ter desgastes, tem que ficar em casa. Vai cuidar da sua vida. Porque o político, primeiro, cuida dos interesses da coletividade para depois se preocupar com seus problemas. Eu faço isso há 25 anos. São 15 anos como procurador da República, outros quatro como senador e três e meio como governador. São 25 anos me preocupando com isso. E aí o cidadão vai ter que julgar. O cidadão sabe quem sou eu. Sabe que o Governo não fez tudo.

Veja a lenda sobre a minha rejeição. Essa rejeição tem caído. Algumas pessoas rejeitam você por vários motivos: não vão com sua cara, não te conhecem, você não deu bom dia em determinada ocasião. Outras estão decepcionadas porque não sabem o que você fez. E o momento eleitoral é o momento de mostrar o que você fez, o que não fez, porque não fez e o que vai fazer.

MidiaNews – Diante dessa ojeriza que a população tem em relação aos políticos, com a sua rejeição, acha que vai dar tempo, com 45 dias de campanha, de mostrar isso?

Pedro Taques – Eu tenho certeza que sim. Não dá tempo de visitar 141 municípios. Isso não dá tempo. Nem o nosso lado, nem o outro lado. Não vai dar tempo. Visitar 50 ou 100 vai dar tempo? Cabe aos profissionais que vão fazer os programas sociais, as mídias sociais, trabalharem sobre isso. Mas com total tranquilidade. Uma coisa tenho dito: vou trabalhar muito, mais muito, para Mato Grosso não voltar para trás. Porque Mato Grosso tem que seguir em frente. Eu não vou fazer coisa errada. Não vou fazer o diabo para ganhar a eleição. Segundo um jornal da Capital, já estão definindo quem vai para o Tribunal de Justiça, quem vai para o Tribunal de Contas, quem serão os secretários das Pastas. Já está tudo distribuído. O povo vai ter que escolher no dia 7 de outubro. Algumas pessoas já ganharam a eleição. Já compraram roupa e vestido para a posse. Nós vamos trabalhar.

MidiaNews – Outro tema espinhoso é a confissão do empresário Alan Malouf sobre práticas de caixa dois na sua campanha. Em depoimento, ele disse que o senhor sabia dessa prática. Dizem que há uma delação, que deve ser homologada. O que pensa sobre isso?

Pedro Taques – Sobre essa delação do empresário Alan Malouf: ele não foi meu coordenador financeiro. Nós temos o coordenador financeiro registrado lá no TRE. Ele ajudou, sim, na campanha. Apresentou alguns empresários que doaram na conta. Está lá a doação. Tudo certinho. Agora, ele vai ter que provar. A delação é muito importante, mas precisa ser comprovada. Eu estou tranquilo. Não há tema espinhoso.

MidiaNews – Magoa o fato de Paulo Taques estar preso por conta de uma delação?

Pedro Taques – É muito ruim isso. Eu não desejo isso para ninguém. Mas eu confio na Justiça de Mato Grosso e do País.

MidiaNews – O senhor confia no Paulo?

Pedro Taques – Confio, mas não posso saber o que ele fez. Comigo ele não fez nada de errado. Absolutamente nada. Nunca me ofereceu dinheiro. Nunca me propôs nada.

Pedro Taques 09-08-2018

MidiaNews – O senhor também é citado no caso da Grampolândia Pantaneira, um esquema para grampear adversários políticos. O cabo Gerson Corrêa disse que o senhor sabia disso.

Pedro Taques – Sim. Em um depoimento ele não falou do meu nome. No outro ele disse que acha – está lá escrito –, que eu sou o responsável. Ele acha. Eu não posso responder para quem acha. Se eu disser o que eu acho sobre determinadas coisas, não faço. Isso cabe a ele e ao Ministério Público demonstrar isso.

MidiaNews – E o senhor nunca soube de nada? Nenhum comentário? O Paulo Taques nunca falou nada a respeito disso?

Pedro Taques – Eu soube no dia que o Mauro Zaque me disse a respeito disso. Ele protocolou o documento. Mandei para o Gaeco e lá foi arquivado. Objetivamente é isso. Nunca pedi para grampear quem quer que seja. Falaram que eram 70 mil telefones grampeados. Eu não conheço, fisicamente, 70 mil pessoas. Nunca pedi para grampear uma única pessoa. E o que dizem também é que essa tal grampolândia já existia há bastante tempo. É que as pessoas não podem me acusar que sou ladrão, porque não sou ladrão, que sou corrupto, porque não sou. Agora, falar que acha… Se condenarmos uma pessoa tendo em conta o que outra acha, aí fica difícil.

MidiaNews – O senhor mantinha um grande contato com o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu. E ele nunca falou nada?

Pedro Taques – Absolutamente. Nunca. Nunca. Nunca me falou nada sobre isso. Eu soube dessa situação quando o promotor Mauro Zaque me juntou documentos e eu protocolei no Gaeco. Aí, depois, as notícias na imprensa.

MidiaNews – Na campanha eleitoral o senhor prometeu muita coisa em relação à Saúde. Admite agora que, conhecendo a máquina, tenha prometido muito?

Pedro Taques – Nós prometemos o que aquele quadro histórico, econômico do Estado, nos dava. Agora, você teria, naquela época, a capacidade de adivinhar que em 2016 teríamos a maior recessão da história do Brasil? Eu quero pedir desculpa ao cidadão, porque não tive essa capacidade de adivinhar essa crise de 2016 e 2017. Eu não tenho a capacidade de adivinhação. Mas diante do quadro que encontramos, do momento histórico que o Brasil viveu, que todos passaram por recessão, como empresas quebraram?

MidiaNews – Essas promessas que não foram cumpridas, em especial as que não saíram do papel por conta da crise financeira, serão reinseridas no seu novo plano de Governo?

Pedro Taques – Sim. Veja a Arena da Cavalhada [em Poconé]. Os vereadores de lá e o prefeito nos procuraram para não fazermos a Arena. O Congódromo [Vila Bela da Santíssima Trindade] está com processo de licitação em andamento. Alguns compromissos que assumi: a escola em tempo integral. Queria fazer 100, fizemos 40, mas não tinha nem uma. Escolas militares: Goiás tem 60, enquanto Mato Grosso passou 30 anos com uma. O meu sonho eram 40, mas fizemos 8 e vamos chegar ao final do ano com 12. É bastante. As escolas técnicas eram oito, vamos terminar o ano com 17. Três estão paradas, porque a construtora quebrou, está em recuperação judicial. É a mesma que não conseguiu fazer as obras da Copa, da ZPE de Cáceres, do Aeroporto. Eles entram nas obras, mergulham nos preços e não conseguem fazer. Aí, a culpa é do governador?

MidiaNews – Uma das críticas dos adversários é que o senhor não soube gerir o Estado. Considera-se um bom gestor?

Pedro Taques – Eu considero ter uma equipe que conseguiu fazer Mato Grosso chegar até aqui. Não sou professor de Deus, não sou mais do que sou. Quem é bom gestor? Quem fez mais? Fez o quê? Nós temos obras estruturantes em Cuiabá que há tempos não havia. Veja a qualidade da obra na saída para Chapada dos Guimarães, na saída para Guia. Veja a qualidade das unidades do Ganha Tempo. Veja a qualidade do Hospital e Pronto-Socorro que estamos construindo. Nós temos mais transparência do que tinha antes. O Mira Cidadão é uma prova disso. Às vezes, apanho pela própria transparência, porque o que fizemos está tudo lá.

Pedro Taques 09-08-2018

MidiaNews – Fazendo uma autocrítica, admite que falhou em alguns pontos nesta gestão? O que não faria de novo?

Pedro Taques – Sim. Nós teríamos que ter mudado a Saúde mais rapidamente. Avançado mais. Demoramos para fazer, em razão do que encontramos. Seguramos todos os contratos e fizemos auditorias. Em um determinado momento histórico, as pessoas criticaram o governo pelas auditorias, dizendo que só fazíamos isso. Mas 90% das auditorias estão na delação do ex-governador Silval Barbosa. E cada gaveta que você abria, encontrava um esqueleto. Ninguém queria assinar nada. Nós fizemos reformas administrativas internas que, tenho certeza, terão uma consequência benéfica no futuro de Mato Grosso.

MidiaNews – Quais outros pontos?

Pedro Taques – Na Educação, não deveríamos ter lançado um grupo de escolas que não conseguiríamos terminar por conta do dinheiro. Deveríamos focar na reforma de escolas, não em construção de novas. Teríamos que ter levantado, com mais tempo, os bens do Estado, o patrimônio do Estado. Isso demorou para andar. O problema foi a forma como encontramos a máquina do Estado, não tínhamos domínio sobre ela. Aí tem uma curva de aprendizagem. Em todas as secretarias tinham pessoas com baixa autoestima, preocupadas em assinar e ser responsabilizadas. Isso deveria ter sido mais rápido.

MidiaNews – Admite que falhou na condução das discussões da RGA [Revisão Geral Anual]?

Pedro Taques – Houve uma falha no embate com os servidores, porque eu que falei que não tínhamos condição de pagar a RGA. Eu não gosto de dourar a pílula. Não gosto de mentir. Algumas pessoas entenderam que eu não deveria ter falado isso. Eu acho que deveríamos ter tido outra estratégia para tratar isso, porque pagamos toda a RGA.

MidiaNews – Como analisa o ódio que esse embate gerou entre os servidores?

Pedro Taques – Eu vejo que esse ódio é mais lenda. Existe, mas não é nessa proporção que falam. Não sou obrigado a todo mundo gostar de mim. Nós precisamos entender que nem Jesus agradou a todos, imagina eu que sou um pecador. Eu vou a todas as repartições públicas e sou muito bem recebido.

MidiaNews – Arrependeu-se de ter optado, no início da gestão, pelo tal Governo técnico?

Pedro Taques – Não. Porque naquele momento histórico, Mato Grosso precisava disso. O que nós encontramos, só nós sabemos.

MidiaNews – O ex-governador Rogério Salles disse que essa opção de Governo foi uma das razões para o senhor ter encontrado dificuldades para fechar sua chapa nas eleições deste ano.

Pedro Taques – Concordo com ele. Porque algumas pessoas queriam cargos. Concordo com ele e respeito o Rogério Salles.
MidiaNews – Mas não mudaria nada para chegar agora e ter uma situação mais confortável?Pedro Taques – Não. Objetivamente, não mudaria. Eu tenho princípios. Os mesmos pri
ncípios que tinha como procurador da República, mantive como senador e como governador. E vou levar para o resto da minha vida.

MidiaNews – E se sente confortável com a situação hoje do seu grupo político?

Pedro Taques – Absolutamente satisfeito. Era o que nós desejávamos. É um grupo político menor.

MidiaNews – Não queria ter um Jaime Campos em seu grupo?

Pedro Taques – Eu não posso querer namorar se a namorada não quer. Cada um cuida da sua vida.

MidiaNews – Mas o senhor quis?

Pedro Taques – E ele também quis.

MidiaNews – Algumas pessoas dizem que o fato das vagas da majoritária serem compostas em sua maioria de membros do PSDB se deve à dificuldade de encontrar aliados em outros partidos.

Pedro Taques – Isso não é fato.

MidiaNews – Mas não teve uma dificuldade em encontrar um vice? O Rui Prado foi escolhido praticamente no último dia.

Pedro Taques – Igualzinho o Geraldo Alckmin [que definiu como vice a senadora Ana Amélia]. Todos nós vimos o cenário nacional em que muitos tiveram dificuldade. Eu entendo que o vice tem que ser escolhido no final.

Pedro Taques 09-08-2018

MidiaNews – Como vê o fato do Rui ter feito parte da chapa do ex-deputado José Riva?

Pedro Taques – O Rui é ladrão? Não. É corrupto? Não. Quantas pessoas o condenado Riva conhece?

MidiaNews – O senhor está mais complacente?

Pedro Taques – Eu não mudei. Nem um pouco.

MidiaNews – Nos bastidores há informações de que, caso não vença a reeleição, deve tentar a Prefeitura de Cuiabá em 2020. Existe essa possibilidade?

Pedro Taques – Eu não trabalho com a hipótese antes dela se concretizar. Nós vamos ganhar as eleições. Tenho certeza disso. Meu sonho é continuar feliz, fazendo o que gosto. Na hora que não gostar mais, vou fazer outra coisa. Não vou fazer do Governo um bico. 

 

Fonte: Mídia News

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