Incêndio de grandes proporções atinge pelo menos 7500 hectares do Pantanal

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

Um incêndio de grandes proporções atinge o Pantanal Mato-Grossense desde o último dia 17 de julho. Nesta sexta-feira (24) o Batalhão de Emergências Ambientais e o Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional de MT (Ciman/MT) realizaram uma reunião para tentar definir as  ações que serão tomadas para frear o fogo. Na quarta-feira (22), estima-se que já havia 7500 hectares atingidos pelo fogo, e aproximadamente 15 km de linha de fogo ativa.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, na quarta-feira (22) foi feito reconhecimento aéreo nas proximidades da fazenda São José, região de Poconé. Em duas horas e meia, foram observados outros incêndios florestais, além do principal, de 7500 hectares.Em outro sobrevoo, já na quinta-feira (23), a intenção era detectar áreas propícias para a implantação de táticas de combate e para verificar a dinâmica do incêndio. “O incêndio florestal foi classificado como de grandes proporções e foram detectadas algumas dificuldades para a realização do combate, tais como: isolamento da área (não há estradas que propiciem acesso com facilidade), extensas planícies com material combustível em potencial, bem como ausência de pistas para a realização do combate aéreo”, explica a assessoria.

Adepan 

Segundo a Associação de Defesa do Pantanal (Adepan), no entanto, a reunião desta sexta-feira (24) não obteve êxito em realizar um planejamento efetivo.Esta Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Ocip) tem em seus associados proprietários de terras e de equipamentos turísticos no município de Poconé.

“Estamos, como sempre, entregues à própria sorte. Se tiver vizinho com equipamentos e gente, deu sorte! Senão, cada qual cuide do seu espaço. Portanto formação e treinamento das Brigadas Rurais se faz necessário e urgente”, lamenta o presidente da Associação, André Turone.Ainda segundo ele, cada propriedade deve criar acesso para tráfego de equipamentos com mínimo de 3 metros de largura, e dividir a propriedade em módulos de no máximo 800 hectares, com acesso máximo de 5 km para fonte de água, tanque ou rio.

“Risco enorme de ser multado caso faça contra fogo sem a presença de um Bombeiro. Importantíssimo cada propriedade estruturar e treinar sua equipe”, explica.

“O fogo atual já se uniu, tem uma frente de 30 km lambendo tudo rumo esquerda de Porto Conceição. Caso os ventos mudem, o que parece bem possível, volta em direção ao Puxaim, vamos assim dizer”, lamenta.

“Vão querer culpar o Governo Federal como fizeram com a questão da Amazônia! Talvez agora, pelo menos os que me leem, entendam que na verdade, para evitar algo assim, só com muito planejamento e ações antecipadas, dos órgãos Estaduais, Municipais e os proprietários”, completa.

Segundo André, segunda-feira (27) haverá uma reunião com o governador, além do Coronel Barroso e equipe, Tico, do Sindicato Rural, Prefeitura, Ricardo Arruda, dentre outros.

Para pousar, as duas aeronaves do Corpo de Bombeiros necessitam de pistas de 1.200 m x 15m com mínimo de 35 m de vão livre.  “No entanto, para ser efetivo está água, tem de ter combate terrestre, para abafar o fogo resfriado pela água”, completa André.

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