Juiz mantém internação de menor que atirou em Isabele

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Reprodução
CAMARA VG

O juiz Tulio Duailibi Alves Souza, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, voltou a determinar  a permanência da internação da menor acusada de atirar e matar a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, na ala feminina do Complexo Pomeri. O teor da decisão está em segredo de justiça.

A decisão foi proferida na semana passada e não levou em consideração o laudo dos profissionais do Centro de Ressocialização Menina Moça, no Complexo Pomeri, recomendou a liberação da adolescente.

A avaliação da menor é realizada a cada 6 meses, por determinação da Justiça Estadual. Pelo ato infracional análogo a homicídio ela terá que cumprir até 3 anos de internação, com reavaliação semestral.

A menor está internada desde o dia 19 de janeiro deste ano, e, de acordo com sentença assinada pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, a medida socioeducativa será avaliada semestralmente.

A sentença foi aplicada, a princípio, levando em consideração a prática do ato infracional análogo a homicídio qualificado. A defesa da menor em conflito com a lei continua atuando pela revogação da internação.

No entanto, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, votou pela continuação da internação. A tendência é que a defesa da menor questione a nova decisão.

 

O caso

Isabele Guimarães Ramos, 14, foi morta com um tiro no rosto, em 12 de julho, quando estava na casa da melhor amiga, uma adolescente de também 14 anos na época do crime. A amiga alegou que o disparo que matou Isabele foi acidental, no entanto, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi doloso, ou seja, com intenção de matar.

A investigação durou 50 dias e autuou 4 pessoas, além da adolescente, que chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), foi internada e passou menos de 16 horas no Pomeri, mas conseguiu liberdade. O processo está em andamento na Justiça e corre em sigilo.

O Ministério Público do Estado (MPE) já denunciou o empresário Marcelo Martins Cestari e a esposa Gaby Martins Cestari, pais da adolescente acusada de matar Isabele, pelos crimes de homicídio culposo, corrupção de menor, porte ilegal de arma, fraude processual e entregar arma para menor de idade. Caso condenados, eles podem pegar mais de 15 anos de prisão.

 

Fonte: Gazeta Digital

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