Mato-grossense é vencedor do 1º Mister Gay Brasil

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Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Nesta sexta-feira (25) é celebrado o Dia Nacional do Orgulho Gay e o Primeira Página conversou com Luciano Lupo, eleito o homem mais bonito do país em 2007, quando venceu o Mr. Gay International em Hollywood, na Califórnia. Ele é natural de Cuiabá e mora na cidade de Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital.

Luciano, hoje com 42 anos, avalia que a data tem suma importância na conscientização da sociedade sobre os direitos da comunidade LGBTQI+. Para ele, o título que conquistou o proporcionou a oportunidade de quebrar paradigmas, como o de que todo homem gay precisa ser afeminado.

“Eu não me considero o homem mais bonito, nem mesmo tendo sido escolhido como o homem mais bonito do país, porque o meu conceito de ser um representante da comunidade gay vai além da beleza. O que conta é o engajamento, a bandeira que você defende, o que você faz e tem todo um movimento a ser feito que te faz ser um representante”.

Luciano disse que o Brasil tem caminhado nas discussões sobre os direitos civis e sociais da comunidade LGBTQI+ e defende que haja mais diálogo e convencimento sobre o tema. “São tantas batalhas para conseguir o respeito, tantas lutas que precisamos sempre vencer porque tem uma grande parte da sociedade que tem preconceito, que a gente vai contornando com muita conversa e instrução, porque levar o esclarecimento é o mínimo. Há pessoas preconceituosas, mas se ela está disposta a ouvir, pelo menos, a gente pode reverter ou pelo menos esclarecer”.

Luciano é publicitário e, à época, desbancou 11 candidatos na etapa nacional do concurso, realizado no Teatro Fábrica, no Centro de São Paulo, e depois venceu todos em Los Angeles. “Ter sido o primeiro mister gay realmente foi um marco, porque não tinha esse tipo de concurso no país e ter acontecido isso em uma época em que as pessoas não falavam abertamente, quebrou esse estereótipo de que as pessoas achavam de que ser gay tinha que ser afeminado, e alguns outros padrões impostos pela sociedade. Na verdade, o meu perfil teve esse impacto, porque eleger um homem padrão, gay, naquele momento, foi muito relevante e uma quebra de padrões”, afirmou.

Fonte: Primeira Página

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