Defesa de fazendeiro diz que vídeo foi brincadeira de mau gosto

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Reprodução
CAMARA VG

Acusado de matar uma onça pintada em Poconé (104 km ao Sul), o fazendeiro Benedito Nunes Rondon segue foragido. Uma carta assinada por advogado é atribuída ao procurado, que nega o crime ambiental e se diz envergonhado com toda a situação.

O documento foi recebido na manhã desta segunda-feira (4) e foi assinado pelo advogado Anderson Nunes de Figueiredo, no dia 3.

No texto, a defesa afirma que o fazendeiro é homem de família tradicional, que não tem antecedentes criminais e aponta fatores que comprovariam a inocência do acusado.

Cita que o homem encontrou a onça já morta na estrada e que a filmagem foi uma brincadeira de mau gosto. Além disso, nega morte dos 15 bezerros que seriam a motivação para abate do felino.

Cita que o orifício causado pela bala no crânio do animal seria incompatível com a arma que aparece na filmagem e que o vídeo que circula nas redes socais foi feito há 1 ano e a versão que viralizou é uma montagem.

“Estou muito envergonhado e decepcionado comigo próprio. De uma simples fanfarrice e bravura para um amigo, aconteceu o que jamais poderia ter acontecido: uma brincadeira de mau gosto no lugar errado e na hora errada. […] Lastimável e arrependido, mas repito já estava morta”, diz trecho do documento.

O homem diz que recolheu o animal e o deixou em uma baía. Nega qualquer crime ambiental.

“Fui infeliz e já estou pagando muito caro, pois sou procurado como vivo ou morto, o que é injusto e abusivo”, consta na carta.

Procurado, o advogado confirmou a manifestação do fazendeiro, porém disse que não pode se manifestar quanta às investigações, nem quanto ao posicionamento do cliente quanto a se entregar.

A Polícia Civil tem mandado em aberto contra o homem e segue em diligências.

O animal abatido é um macho adulto.

 

O caso

No vídeo que circula nas redes sociais, Benedito aparece abraçado ao felino morto. Com uma arma na mão, ele zomba do bicho e diz que ele agora não vale nada. Que se fosse uma fêmea “coxava ele”.

Na quinta-feira (31) a Polícia Civil começou investigação e a Polícia Militar também fez diligências a fim de localizar o suspeito. Em busca na cada do fazendeiro, foi achada uma espingarda e outros itens oriundos da caça.

Fonte: Gazeta Digital

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